Mais um post da série "Quero ser um Autor do Dragão Banguela!"
Esse povo gosta mesmo de sofrer pra querer entrar pra esse blogue! O cabra de hoje foi tão preguiçoso que além de não mandar imagem ainda mandou um post sem nome! A preguiça dele superou todos os níveis do Trapaceiro!
Com a palavra o senhor Anselmo Chagas:
Eai pessoal,
Eu queria
falar sobre algo que me incomoda muito quando eu jogo rpg com meus amigos
(principalmente D&D 3.5): a ‘fosdassidade’ do jogador.
Antes de
ontem, estava conversando com meu amigo e perguntei como andava a campanha que
ele estava jogando e a resposta foi a seguinte:
‘Ah, no
domingo muita gente faltou, então eu tive que jogar sozinho. Mas eu só fiz
coisa simples, sabe? Eu SÓ desci até o inferno e matei Orcus, o príncipe dos
demônios, e os outros três demônios mais fortes do Livro dos Monstros em UMA
rodada. Depois eu fui até um outro continente e, sabe, tinha um deus do sol me
enchendo o saco, então eu tive que matar ele e todos os clérigos dele... Não
assim tão difícil, eu só levei UMA rodada.’
Esse é o tipo
de coisa que faz meu fígado revirar! E quando eu pergunto como um mestre que
joga à 15 anos pode permitir algo do tipo as respostas são sempre as mesmas:
‘Ah, mas não sou eu que sou foda, é o mundo que o mestre criou’ ou ‘Não, ele
nem tava tão foda assim, era só o senhor de todos os demônios’.
Esse meu amigo
é o tipo do cara que decorou as regras do livro do jogador e de vários
suplementos, e sempre que alguém tenta fazer algo diferente ele vem logo
chiando ‘Ah, mas no livro isso, no livro aquilo’. E o foda é que não é só ele.
A minha cidade está infestada de jogadores paga-paus das regras que sabem como
fazer uma bola de fogo se 1km de raio com a Quintessencia do Elfo.
Poxa, eu curto
jogos mais ‘pé-no-chão’, mas old-school, onde você tem que ralar pra conseguir
o que quer.
Jogadores como
esse meu amigo nunca saberão o quão mágico é conseguir uma espada mágica que é
a única arma eficiente contra o grande senhor da montanha, depois de passar por
inúmeras dificuldades e ficar à beira da morte uma ou duas vezes.
Eles
simplesmente diriam, ‘Eu vou é usar um desintegrar nesse cara e que se foda
essa espada, eu faço uma muito melhor, sozinho.’
Como eu já
disse em um comentário aqui mesmo no DB, acho que, se a magia existisse no
mundo real, da mesma forma que existe no rpg, ela seria algo difícil de
controlar e restrita para pouquíssimas pessoas, como é a física quântica hoje
em dia, e um mago teria que estudar e treinar pra caramba pra conseguir fazer
uma mísera bola de fogo (que nós RPGistas tanto menosprezamos).
E, mais: magos
(e outras classes) dominam todo o tipo de magia (dominação de elementos, magia
mental, telecinésia) além de coisas, ao meu ver, ridículas, como ‘alarme’,
‘superfície escorregadia’ ou ‘andar sobre o ar’.
É claro que,
em um mundo com magia, muita coisa pode ser feita, mas, nem por isso, tem que
ser fácil. Exemplo:
Um nobre mago perdeu um braço em batalha.
Ele se recorda que, em seus anos de estudo, leu algo sobre uma magia antiga e
proibida que pode regenerar membros perdidos, mas ela era muito complicada e
apenas os grandes druidas das montanhas gélidas do norte a conheciam.
O mago então
ingressaria em uma longa jornada cheia de dificuldades para chegar aos sábios
druidas do norte e convencê-los a ajudá-lo.
Mas, se fosse
aqui na minha cidade funcionaria assim: ‘Ah, você paga umas moedas de ouro pra
um druida de nível alto e ele recupera seu braço, agora pode continuar a
chacinar legiões inteiras de demônios’.
Poxa... Assim
já é demais!
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