sábado, 30 de outubro de 2010

Downloads: Out of the Pit (Aventuras Fantásticas)


Rááááá!

Quem é vivo sempre aparece macacada, e depois de quase vinte dias sem eu dar as caras por aqui resolvi fazer um post para a alegria geral da nação (tá, nem tanto assim).

Bom, reconheço que fui um verme miserável durante esses dias todos ao não aparecer nem sequer uma única vez aqui no covil do Dragão Banguela.

Mas a demora valeu a pena como vocês irão conferir agora...

... Entonces malditos para compensar um pouco a minha longa ausência, olhem só o que o titio Trapaceiro logrou da comunidade do Senhor dos Downloads:

Out of the Pit - Saídos do Inferno!!!!

Má tu não sabe que porra é essa filho?

Out of the Pit é o famigerado manual dos monstros da série Aventuras Fantásticas - RPG Avançado, no qual incluem também o livro básico de regras, vulgo Dungeoneer, o 2º livro básico de regras (!!!), conhecido como Blacksand!, o cenário de campanha nomeado de Titan, e o famigerado manual dos monstros conhecido como Out of the Pit.

Quem nos dá esse magnifico scan é o Lorão, um dos "scaneadores oficiais" da comunidade do Senhor dos Downloads, e pelo que sei o Lorão penou para conseguir botar suas mãos pútridas neste livro, então um parabéns pelo trabalho.

Esse sim é uma relíquia que não é encontrado em qualquer sebo, então nada mais justo do que possuir o material em formato digital como forma de preservar seu conteúdo.

Como eu possuo o livro aqui em meu muquifo posso dizer tranquilamente que é um material digamos, deveras engraçado de ler. Não que ele seja ruim, mas também não é o melhor manual de monstros que eu já li.

O que posso adiantar é: Prestem atenção nas gravuras. É uma mais engraçada que a outra, olhem por exemplo, a do Wyvern. Saquem algumas que separei rapidamente para vocês conferirem:

Cliquem em cima da imagem para aumentá-la



Os nomes de alguns monstros também são uma pérola a parte, destaque para o monstro chamado "Homem Aranha" hahahahahahaha.

Bom galera, não sei quando irei aparecer aqui novamente. Deixo nas mãos do Oráculo para continuar com o ótimo conteúdo do blog.

Ao Lorão, minhas congratulações por este ótimo trabalho em scanear o Out of the Pit.

Prometo que tentarei fazer postagens mais regulares na medida do possível.

Aí está o link de download da bagaça:

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Out of The Pit - Saídos do Inferno (Aventuras Fantásticas - RPG Avançado)



Nos vemos no próximo post galera.


Sobre o Autor:
O TrapaceiroO Trapaceiro é uma das mentes doentias por trás do Blog do Dragão Banguela. Futuro professor de História, quando formado, irá ensinar aos seus alunos o "Evangelho Segundo o Rpgista Old School". Acredita piamente que o saudoso AD&D será republicado um dia.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Downloads [Storyteller] - Livro da Tribo Wendigo

E eis que o mago ressurge das cinzas!

Sim, bonecas eu estou vivo e vou continuar tocando o barco enquanto o Trapaceiro encontra-se foragido da justiça.

E como já fazia tempo que eu não entupia o HD de vocês com livros de RPG, trago-vos mais um Livro da Tribo de Lobisomem: O Apocalipse...

...

Retomando a série de Livros de Tribo do RPG Lobisomem: O Apocalipse, trago-vos o Livro da Tribo Wendigo. Originalmente esses livros foram lançados em ordem alfabética, começando com as Black Furies e terminando com os Wendigo, mas eu estou postando de maneira completamente aleatória então que se dane.

Voltando ao assunto, os Wendigo são uma tribo de Garou oriundos da América do Norte, herdeiros da tradição das tribos existentes antes da chegada dos europeus ao Novo Mundo.

O nome da tribo vem de seu Totem, o mitológico espírito canibal do inverno Wendigo (também conhecido pelos fãs da Marvel como um dos inimigos do Hulk). Apesar de terem um certo parentesco com a tribo Uktena, os Wendigo são muito mais voltados à arte da guerra do que às sutileza da magia Uktena. De fato, os Wendigo se consideram os guaridães das Terras Puras.

Assim como os Uktena (na verdade mais do que eles), os Wendigo ainda se ressentem profundamente com as tribos de origem europeia pelo sacrifício dos Croatan, outra tribo de orígem indígena que se sacrificou para deter o espirito maligno conhecido como Devorador de Tempestade, que surgiu com a chegada dos homens brancos ao Novo Mundo. Coletivamente essas tribos eram conhecidas como O Irmão Mais Velho (Uktena), O Irmão do Meio (Croatan) e O Irmão Mais Novo (Wendigo). Atualmente, com a crescente corrupão dos Uktena, parece não ter sobrado nenhuma tribo digna da confiança dos guerreiros Wendigo.

Neste livro você encontra, como de costume, tudo sobre a tribo, como origens, costumes, personalidades famosas e muito mais. Os fãs de regulamentos também tem um prato cheio com os novos Dons, Rituais, Qualidades e Defeitos, além dos sempre presentes modelos de personagens prontos para jogar.

A tradução deste volume foi feita pelo grupo Nação Garou, cujo blog, aparentemente, saiu do ar recentemente. Até a presente data não encontrei nenhuma informação sobre um novo endereço eletrônico ou cancelamento do grupo, então quem tiver novidades por favor avise. Por enquanto o pessoal aqui do Dragão Banguela não tem motivos para se alarmar, pois ainda tem bastante material de Lobisomem para ser postado por aqui.

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Livro da Tribo Wendigo


Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Inspetor de Equipamentos nas horas vagas. Não tem físico para um Live Action de Lobisomem.



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

[Músicas Rpgísticas] - Canção de Lua Dourada


Hell Yeah, cambada!

Novamente o amigão da vizinhança (não o Homem-Aranha) retorna a este humilde blog trazendo sempre o melhor das velharias errepegísticas.

E hoje o Oráculo vos traz um post para ser lido... e ouvido!

...

Quando se pensa em temáticas medievais o que nos vem à cabeça?

Calabouços, dragões, espadas, armaduras, a Peste Negra e é claro, bardos.

A figura do menestrel contando histórias e entoando canções está presente em diversas obras sobre a era medieval e no RPG não deeria de ser diferente.

De fato, a mais famosa obra de fantasia medieval, o aclamado livro O Senhor dos Anéis é relpeto de canções e poemas cantados pelos personagens da saga.

E a mais famosa saga do RPG, as Crônicas de Dragonlance também tem suas próprias canções. Mas enquanto lemos os livros nos paira uma pergunta pela cabeça, como picas eu vou saber o ritmo e a melodia desta música apenas lendo seus versos?

De fato, é algo estranho para imaginarmos, principalmente porque não faz parte da nossa cultura usar canções para os mesmos fins dos livros de fantasia medieval. Contudo, lá nos EUA, não houve esse tipo de problema, pois os módulos de aventuras originais que deram origem à saga de Dragonlance continham as partituras das músicas presentes no jogo.

Pensando nisso, em um lapso criativo eu usei a partitura da música tema de Lua Dourada para criar um arquivo de som, para que possamos ouvir a canção. A partitura vocês acompanham na imagem abaixo:



Esta música é cantada por Lua Dourada logo no momento em que ela e Vendaval encontram-se com os demais aventureiros na Hospedaria Derradeiro Lar em Solace, na região da Abanassinia no começo de Dragões do Crepúsculo do Outono. O módulo original que continha essa partitura foi Dragons of Despair (Dragões do Desespero).



É uma canção simples e de melodia agradável, onde Lua Dourada narra a história de como ela abandonou seu povo acompanhada de Vendaval, trazendo o Cajado de Cristal Azul, dando início à jornada dos Heróis da Lança.

O arquivo está em formato midi e a adaptação foi feita por mim, por isso se houver algum pianista entre os leitores e perceber algo errado, por favor, não joguem bolinhas de papel para eu ter de fazer tomografia, ao invés disso aponte qualquer eventual erro para eu corrigir. De fato eu não sou um pianista (sou baixista na verdade, e bem enferrujado, admito) e criei o arquivo usando um editor de partituras.

Espero que divirtam-se com esta bela canção e em breve (mas não tanto) teremos mais músicas errepegísticas aqui no Dragão Banguela!

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Canção de Lua Dourada


Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Inspetor de Equipamentos nas horas vagas. Também tem alguns níveis de Bardo.



domingo, 17 de outubro de 2010

[Resenhas] - Dragões do Crepúsculo do Outono


Capa da edição nacional.


Saudações, modafocas!

Atualmente estou por demais enrolado para postar novos artigos, mas enquanto não retorno com novidade, venho aqui trazer um artigo do meu blog pessoal o Dimensão X. Podem me chamar de preguiçoso, mas pelo menos eu não deixo os leitores na mão!

Entonces vamos a uma breve resenha do primeiro romance baseado em RPG. Cliquem no Leia Mais e tenham uma boa leitura...

...


Capa da versão original em inglês.
Capa de uma das edições estadunidenses

Dragões do Crepúsculo do Outono é o primeiro livro da trilogia Crônicas de Dragonlance, lançado nos idos da década de 80 pela TSR, editora do primeiro RPG do mundo, o Dungeons & Dragons.

Originalmente Dragonlance nasceu como uma série de módulos de aventuras para a segunda edição de D&D, conhecida como Advanced Dungeons & Dragons (AD&D pros íntimos). Nos doze módulos os jogadores eram convidados a conhecer o mundo de Krynn, onde deveriam impedir o ressurgimento de Takhisis, a Rainha das Trevas, uma deusa maligna cujo poder trouxe de volta os terríveis dragões ao mundo.


Takhisis, a Rainha das Trevas. Sim, é exatamente quem você está pensando!
Uma das formas da Rainha das Trevas

A ideia da série de módulos veio de uma enquete entre os fãs de D&D que perguntava qual o tema eles gostariam de ver em uma nova série de RPGs. Foi praticamente uma unanimidade o tema escolhido: Dragões! E os dragões de Dragonlance fizeram tanto sucesso que o autor dos módulos, Tracy Hickman, se uniu à escritora Magareth Weis para criar uma série de romances baseada nas aventuras para RPG.


Lorde Verminard, um dos vilões da saga.
Lorde Verminard e seu dragão Flogisto


TRAMA


Em Dragões do Crepúsculo do Outono (doravante DCO) conhecemos o mundo de Krynn, que fora abandonado pelos deuses e sofreu um terrível Cataclismo que quase destruiu o mundo. Nesta terra sem esperança surgem os terríveis Dragonianos, seres forjados por terríveis rituais mágicos, cuja forma é uma mistura horrenda de humano e dragão. Os Dragonianos são liderados pelos poderosos Senhores Dracônicos, representantes da Rainha das Trevas.


Neste clima de guerra e terror conhecemos um grupo de aventureiros que se reencontra após cinco anos separados. Os aventureiros se encontram na Estalagem Derradeiro Lar em Solace, uma cidade construída na copa das árvores. O destino faz com que um casal de bárbaros das planícies entrem no caminho dos aventureiros enquanto estavam em fuga, caçados por um esquadrão de Dragonianos. Ao ajudarem o casal o grupo de aventureiros acaba em uma jornada que poderá acabar com a guerra contra a Rainha das Trevas e seus Senhores Dracônicos.

O elenco principal é composto por:

Tanis Meio Elfo. Tanis Meio-Elfo: O líder dos aventureiros, atormentado por ser um mestiço entre as raças humana e élfica e também por se dividir entre dois amores;

Tanis sem barba e Flint Forjardente, ambos em versões mais jovens.Flint Forjardente: Um velho anão, amigo de Tanis. Trata os membros do grupo de aventureiros como netos. Tem muita sabedoria, mas um péssimo senso de humor;

Tasselhoff Pés-Ligeiros. Esconda sua carteira quando estiver perto dele!Tasselhoff Pés Ligeiros: Membro da diminuta raça dos Kenders, seres incapazes de sentir medo e com uma compulsão para o furto, apesar de não serem gananciosos. Tasselhoff age por muitas vezes como uma criança e o alvo favorito de suas piadas é o rabugento Flint;

Sturm Montante Luzente.Sturm Montante Luzente: Membo da ordem dos Cavaleiros de Solamnia, uma ordem de cavalaria que preza a honra acima de tudo;

Raistlin Majere: Misterioso mago, cujo corpo e alma foram modificados após o terrível teste na Torre das Ordens de Alta Feitiçaria. Frio e calculista, seus olhos em forma de ampulheta são capazes de ver a morte se aproximando;


Os gêmeos Caramon e Raistlin.


Caramon Majere: Irmão gêmeo de Raistilin, compensa sua inaptidão nas artes mágicas com uma força bruta inigualável, formando uma dupla eficiente com seu irmão. Seu comportamento é o extremo oposto do sinistro Raistilin, mas ainda assim Caramon demonstra um enorme amor fraterno pelo mago;

Lua Dourada: Líder da tribo bárbara dos Que-Shu e portadora do Cajado de Cristal Azul. A posse deste cristal é o ponto de partida para a caçada dos Dragonianos e o início da saga;


Lua Dourada e Vendaval.


Vendaval: Protetor de Lua Dourada, seu amor o faz se arriscar para defendê-la. Foi ele quem resgatou o Cajado de Cristal Azul de uma cidade em ruínas e trouxe para sua amada.

A trilogia gira em torno da batalha contra a Rainha das Trevas, uma deusa que planeja retornar ao mundo dos mortaise dominá-lo, mas em DCO, o primeiro capítulo da saga o tema principal é a jornada dos aventureiros que tentam protejer a portadora do Cajado de Cristal Azul, uma herança dos antigos deuses que abandonaram Krynn.


TRADUÇÃO


A versão traduzida deste livro fora prometida pela Abril Jovem em 1995, mas ficou só na promessa pois a editora não conseguiu levar a frente sua linha de RPGs. A TSR, editora original do livro nos EUA foi vendida para a Wizards of the Coast o que consequentemente deu direitos de tradução da saga para a Devir Livraria, representante brasileira da Wizards.


Dragonlance em 8 bits no Master System.
Versão da saga lançada para o videogame Master System

Ainda assim os leitores brasileiros tiveram que esperar ainda quase seis anos para termos esta trilogia em bom português. Quer dizer... Não tão bom assim! A tradução da Devir na verdade é bem fraca em muitos ponto, principalmente do ponto de vista gramatical, com muitos erros de pontuação e demais falhas que deixariam o Professor Pasquale puto da vida.

As traduções de nomes de personagens causaram revolta em muitos leitores puristas, como no caso de Sturm Bright Blade que virou Sturm Montante Luzente, que, apesar de não ser uma tradução ao pé da letra, mantém o significado do nome (montante é um tipo de espada e blade significa lâmina). Eu pessoalmente gosto desses nomes adaptados, afinal a história de Guilherme Tell é bem mais conhecida do que a de Willian Tell. Já os erros de gramática não tem perdão, foi uma mancada grave da Devir!


CONCLUSÃO


DCO é um título importantíssimo para os fãs de RPG e literatura de fantasia, pois foi o primeiro romance baseado em jogos de RPG o que de certa forma contribuiu para a brazuca Trilogia Tormenta.

A leitura é divertida - apesar dos erros de portguês - e a saga inteira é deveras emocionante. Não dá pra falar muito sem estragar a diversão de quem pretende ler, mas uma das minhas cenas favoritas é a jornada dos heróis às ruínas de Xak-Tsaroth.


Batalha nas ruínas de Xak-Tsaroth.
A batalha em Xak-Tsaroth é um dos grandes momentos da aventura

E aguardem pois em breve o Oráculo vai falar também sobre os outros capítulos da saga, Dragões da Noite de Inverno e Dragões da Alvorada da Primavera, onde finalmente saberemos o motivo da saga se chamar Dragonlance!


Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Inspetor de Equipamentos nas horas vagas. Já tomou algumas cervejas na Hospedaria Derradeiro Lar e treinou magia nas Torres de Alta Feitiçaria.



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

$Compras Rpgísticas$ - Gastando SeusTibares de Ouro


Saudações, terráqueos!

Aqui quem fala novamente é o grande mago conhecido como Oráculo.

Desta vez venho com mais uma edição da nova coluna iniciada pelo Trapaceiro, conhecida como $Compras RPGísticas$, então apertem os cintos e lá vamos nós...

...



Na edição de estréia desta coluna o Trapaceiro deu dicas preciosas para quem pretende comprar materiais importados relacionados à RPG. Como todos nós sabemos, a indústria errepegística brasileira ainda dá passos de tartaruga, apesar das grandes melhoras das últimas décadas.

Já eu, preferi fazer algo diferente (claro, porra, se fosse pra fazer igual era só esperar ele postar de novo) e vou usar essa coluna como guia de compras em lojas virtuais.

Pois é, apesar de morar no Rio de Janeiro, estado que já foi capital deste belo país, eu compro a maioria dos meus materiais errepegísticos em lojas virtuais. Em parte por pura preguiça, mas também, devido ao meu curto tempo livre.

Em verdade eu nem lembro mais quando foi a última vez que eu estive em uma loja especializada em RPG. O mais próximo disso foi o stand da Devir na última Bienal do Livro no ano passado.

Aproveitando que recentemente resolvi me auto presentear algumas semanas antes do meu aniversário, a loja virtual que dará início a essa série será a da Jambô.

Mas e aê, Oráculo, o que que tu comprô? - vocês devem estar se perguntando (senão não estariam lendo isso, ora bolas). Então continuem acompanhando...

O MATERIAL

Well, aproveitando que um dos leitores do blog resolveu ter bolas o suficiente para narrar via RRPG e diminuir o meu fardo por um tempo (valeu Kal!), resolvi comprar o badalado Tormenta RPG da própria editora Jambô, que será o sistema adotado.

Como estava me sentindo um perdulário nesse dia, resolvi incluir o primeiro suplemento para o sistema, Guerras Táuricas e o o romance O Terceiro Deus, o único que faltava na minha coleção da Trilogia Tormenta.

Caso vocês não conheçam nenhum dos três livros (seus crápulas!) aqui vai um breve resumo:



Tormenta RPG: Baseado no cenário nacional de maior sucesso das últimas décadas, TRPG usa a Licença Aberta da terceira edição de Dungeons & Dragons para lançar um RPG totalmente independente. Com ele você não precisa de nenhum outro livro pra rolar suas campanhas, superando o próprio D&D no quesito praticidade, por necessitar de três livros básicos.



Guerras Táuricas: Mesmo sendo um título independente, é claro que TRPG não ficaria sem suplementos. Aqui são mostrados os eventos que levaram às Guerras Táuricas e suas consequências. Este é o principal evento do cenário nesta nova edição, trazendo novos problemas para os personagens jogadores.



O Terceiro Deus: O desfecho da aclamada Trilogia Tormenta, a melhor série de romances baseados em RPG publicada por uma editora nacional. A Trilogia iniciou com O Inimigo do Mundo que mostrou as origens da Tormenta, a tempestade sobrenatural que está devastando o mundo de Arton. Sua sequência, O Crânio e o Corvo mostra os exércitos invasores da Tormenta e sua conquista infiltrando-se entre os cidadãos de Arton, enquanto um exército liderado pelo cavaleiro Orion Drake tenta impedí-los.

Os dois primeiros títulos em breve ganharão resenhas aqui no blog, mas o terceiro livro vai demorar mais um pouco. Porra, são mais de seissentas páginas e eu nem acabei de ler O Crânio e o Corvo!

A LOJA

A Jambô é uma editora especializada em livros de RPG e fantasia sediada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e que também tem uma loja física (duas na verdade) na mesma cidade.

A editora alcançou fama por ter lançado os livros de Tormenta para a edição 3.5 de Dungeons & Dragons, onde se firmou com uma grande linha, cujos destaques incluiam livros como Área de Tormenta, Academia Arcana, Panteão e Contra Arsenal. Além disso a editora é responsável pela tradução de outras linhas aclamadas como Aventuras Fantásticas e Mutantes & Malfeitores, além do vindouro Dragon Age RPG.

Como eu não pretendo me deslocar até Porto Alegre resolvi comprar na loja virtual, que pode ser acessada clicando aqui.

Na verdade, esta não é a minha primeira compra na loja. Outros materiais como o Guia da Tecnocracia de Mago: A Ascenção, a coletânea de aventuras da extinta Dragão Brasil Só Aventuras e os outros dois romances de Tormenta já haviam chegado à minha residência tempos antes através da mesma loja virtual.

COMPRANDO

Comprar na Loja Virtual da Jambô não tem mistério algum, mas alguns passos devem ser seguidos:

1) Criando sua conta:

O seu primeiro passo é criar um cadastro na loja virtual. É rápido e indolor, tudo o que você precisará é de um endereço de e-mail válido.

2) Enchendo o seu carrinho

Na coluna na lateral esquerda da página você encontra as categorias de produtos que podem ser encontrados disponíveis, como livros, dados, HQs, miniaturas e mais uma porrada de coisas. Daí é só navegar e ao encontrar o produto desejado, basta clicar sobre ele para ver os detalhes. Feito isso clique no enorme botão vermelho escrito "Comprar". Na parte superior direita da página haverá um campo escrito Minhas Provisões, onde estará descrito o número de itens solicitados e o valor total.

Se você desejar comprar mais coisas, basta apenas repetir o processo. Se desejar finalizar a compra clique em "Finalizar a compra" no menu das Provisões, você então será direcionado à uma página que mostrará os itens que você escolheu e pedirá os dados de envio.

3) Pagando

Essa é, obviamente, a parte mais importante do processo. Na verdade, você não paga diretamente à Jambô e sim ao site PagSeguro, especializado em transações comerciais via internet.

Lá você pode escolher a forma de pagamento que melhor lhe couber, indo desde boletos bancários até cartões de crédito de todas as espécies. Uma vantagem é a possibilidade de parcelar as compras feitas com cartão de crédito, mas isso, é claro, depende do seu orçamento, então não venham reclamar se ficarem com dívidas até o fim do mundo em 2012.

Após o PagSeguro receber seu pagamento eles notificam a loja que cuidará de enviar para o endereço que você informou.

Outra coisa importante é que muitos produtos tem frete grátis, mas somente se a encomenda for enviada via carta registrada, que demora uns 10 dias úteis.

E então, Oráculo? Funciona mesmo?

Sim, senhores, a Loja Virtual da Jambô é de extrema confiança. Até o presente momento não tive qualquer problema. Fiz a minha encomenda na quinta feira passada. Na sexta eles receberam a confirmação (leva um dia para o banco computar o pagamento), tendo sido postado no mesmo dia, quando recebi por e-mail o código de rastreamento dos Correios para que eu pudesse saber por onde andava minha encomenda. Como eu tinha pressa, resolvi pagar um pouco a mais pelo Sedex e já na segunda feira a encomenda havia chegado, com nota fiscal e tudo o que se tem direito.

Então, cambada, vocês não tem mais desculpas do tipo "na minha cidade não tem loja de RPG" ou, "não confio em lojas virtuais".


Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Inspetor de Equipamentos nas horas vagas. Deu algumas aulas pro Vectorius e passou a mão na bunda de Lady Shivara Sharpblade.



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

RPG Para as Crianças



Tamos aê, cambada!

Nesta terça feira foi comemorado o Dia das Crianças em todo o país mas, como todos nós já somos bem grandinhos, foi apenas mais um dia pra ficar em casa coçando o saco.

Mas se você tem filhos, sobrinhos ou primos pequenos e deseja ensiná-los o maravilhoso habby chamado RPG, nada tema! Clique no Leia Mais e deixe o Oráculo lhe ajudar...

...

RPG, todos nós sabemos é um hobby que estimula a criatividade, a imaginação, a leitura, a matemática e a interação social. Ainda assim, por ser uma atividade tão mal vista na sociedade (pelo menos aqui no Brasil), é difícil divulgar o jogo.

Os maiores culpados somos nós mesmos, jogadores. Um dos principais motivos é que a maioria dos grupos de jogo são fechados, verdadeiras "panelinhas", onde quem não é "da galera" não tem vez. Além disso, ainda existem muitos imbecis que acreditam que são vampiros, cavaleiros, dragões ou o que seja e ficam fazendo alarde nas ruas como verdadeiros loucos. É a mesma coisa que um fã de desenhos japoneses sair fantasiado de Naruto no meio da rua. Uma coisa é se fantasiar em eventos ou interpretar em torno da mesa de jogo, outra é ficar fazendo essas coisas em público e provocar vergonha alheia em quem passa por perto.

O terceiro motivo para essa dificuldade é o fato de, à primeira vista, parecer um jogo difícil. Em um país onde poucas pessoas leem livros (mais raros ainda são os que leem por hobby), um jogo repleto de termos técnicos como BBA, PV, RD, CA, RM, WC, PQP, realmente não parece promissor. Somando-se isso ao fato de que poucas pessoas tem paciência (ou talento) para explicar o jogo, existem vários casos de primeiras impressão desastrosas com o jogo.

Por isso, aproveitando o Dia das Crianças que ocorreu recentemente, venho à uma lista de RPGs indicados para crianças, seja por serem simples ou por terem temáticas agradáveis aos infantes.



Dungeons & Dragons: O primeiro e mais famoso RPG do mundo hoje em dia é um oceano de suplementos e regras complexas demais para uma criança, mas isso nem sempre foi assim. Na verdade, as primeiras edições eram mais voltadas para um público mais jovem. Além disso, foi lançado recentemente um produto chamado Dungeons Crawlers, especificamente voltado para os pequeninos. E é claro, não podemos nos esquecer de First Quest, que ensinava os princípios básicos do RPG através de CDs de áudio, miniaturas e livretos.



Defensores de Tóquio: Hoje em dia animes, mangás e videogames fazem parte do cotidiano de praticamente todas as crianças, por isso, nada melhor do que um RPG baseado nesta temática, principalmente se usado em cenários conhecidos da gurizada. Afinal, que moleque não gostaria de ser o Naruto ou o Ben 10?



Toon: Um RPG baseado em desenhos animados dos anos 50 e 60? Mesmo sendo um jogo antigo, sobre desenhos igualmente antigos, muitas crianças de hoje em dia ainda são educadas assistindo desenhos como Pica Pau, Tom & Jerry, Pernalonga e outros animais antropomórficos de acetato. Nada mais justo, portanto, do que um RPG baseado nos clichês de desenhos animados.



Mini Gurps históricos: Seu moleque anda tirando notas baixas nas aulas de História? Porque ao invés de colocá-lo de castigo e correr o risco de perder a guarda da criança por recorrer a métodos de tortura medieval você não o ajuda a tirar notas melhores? A antiga coleção de módulos de aventuras para Mini-Gurps baseada na História do Brasil é perfeita para isso.



Street Fighter RPG: A mesma premissa de Defensores de Tóquio, só que aplicada ao jogo de luta mais famoso do universo.



Daemon: Normalmente não se recomendaria um RPG com esse nome (demônio em latim), mas vale lembrar que ele tem suplementos baseados em animes e super heróis.



Mutantes e Malfeitores: Perfeito para crianças que curtem HQs de super heróis, ou pelo menos os desenhos animados da Liga da Justiça.

Vale lembrar que com a supervisão de um adulto, o RPG pode ser um dos hobbies mais saudáveis para as crianças. Por isso, ao invés de presentearem seus filhos com videogames e outros brinquedos caríssimos, porque não dar-lhes livros?


Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Inspetor de Equipamentos nas horas vagas. Quer ganhar um Nintendo Wii de presente.



sexta-feira, 8 de outubro de 2010

[ Sessão Doppleganger ] - Mortal Kombat



Saudações, meu povo!

E mais uma vez vemos aqui no blog a estréia de mais uma coluna sem qualquer periodicidade definida!

Qualquer um que leia os meus textos sabe que eu busco inspiração na finada Dragão Brasil. E o que mais havia na DB?

Adaptações!

Então cliquem no Leia Mais e sejam felizes...

...

Sim, como eu disse nos parágrafos anteriores, teremos uma coluna especial para adaptações de várias mídias como cinema, literatura e games para a sua mesa de jogo.

Mas não são meras adaptações como as que tínhamos na Dragão Brasil e hoje vemos na Dragon Slayer! A minha intenção aqui não é apresentar soluções mecânicas de como fazer o seu personagem favorito aparecer nas regras do sistema que você jogue e sim apresentar ideias de como VOCÊ mesmo pode fazer isso.

Nesta coluna eu não me prenderei a nenhum sistema específico. Ao invés disso, darei ideias de como moldar seu sistema de jogo favorito para que ele possa ser utilizado em um cenário famoso. Por isso mesmo a coluna se chama Doppleganger, pois é uma criatura que é capaz de se adaptar e transformar. Eu preferia usar o Super Adaptóide, inimigo dos Vingadores nas HQs da Marvel, mas poderia gerar problemas com a Casa das Ideias e eu não tenho grana pra pagar advogados.

Além do mais a Marvel hoje em dia é da Disney e nunca é sadio mexer com uma empresa que incentiva a necrofilia (assistam Branca de Neve e confirmem).

Enfim, a adaptação de hoje é de um dos games mais sanguinolentos da história, Mortal Kombat!

Lançado pela Midway em 1992 o jogo Mortal Kombat foi mais um dos milhares de jogos criados para pegar carona no sucesso de Street Fighter II da Capcom. O grande diferencial aqui eram as imagens de atores reais digitalizadas e o excesso de sangue... mas MUITO SANGUE MESMO.

Não falei? Sangue bagarai!

A ideia de poder decapitar o inimigo ao fim da luta ou arremessá-lo em um monte de espinhos fez com que muita gente ficasse fã do jogo. Em contrapartida houveram também muitas críticas de pais e professores preocupados, o que só aumentou a popularidade do jogo em uma época em que fliperamas eram considerados antros de marginais.

Eu praticamente cresci dentro de fliperamas e nunca usei drogas, portanto podemos ver que essa era uma teoria furada.



ENREDO

A trama de Mortal Kombat gira em torno do torneio homônimo. De tempos em tempos é realizado um torneio de artes marciais entre a Terra e Outworld, uma espécie de outro mundo, acessado através de portais planares. Após dez vitórias consecutivas Outworld teria a permisão dos Deuses Anciões para dominar a Terra (e outros mundos que foram sendo convenientemente criados nos outros jogos da série).

O atual campeão, Goro - um homem-dragão de quatro braços - já tem nove vitórias, mas agora existe um monge shaolin com sede de vingança e disposto a acabar com a hegemonia do torneio.

ELENCO

Se eu realmente precisar te dizer quem é quem, você não viveu...

Liu Kang: Treinado pela Sociedade da Lotus Branca, uma ordem de monges shaolin, Liu Kang é o principal protagonista da série. Ele entra no torneio para vingar seu ancestral Kung Lao que fora assassinado por Goro no torneio anterior.

Johnny Cage: Astro do cinema de artes marciais, Cage procura um meio de provar que não é uma fraude e que suas habilidades são genuínas, por isso entra no torneio para ter material para um novo filme.

Sonia Blade: Militar que entra no torneio para ter a oportunidade de caçar o perigoso assassino Kano, líder da organização Black Dragon.

Raiden: Deus dos trovões e protetor da Terra, entra no torneio com um corpo mortal e enfraquecido para evitar que Outworld domine a Terra.

Sub-Zero: Ninja do clã Lin Kuei com poderes sobre o frio. É enviado para o torneio para matar o organizador Shang Tsung.

Scorpion: Ninja rival de Sub-Zero. Ele havia sido assassinado por Sub-Zero algum tempo atrás, mas seu desejo de vingança o fez voltar dos mortos para se vingar.

Kano: Mercenário e líder da organização Black Dragon que entra no torneio com a intenção de roubar as riquezas do organizador Shang Tsung.

Goro: Atual campeão do torneio, este monstro de quatro braços é o príncipe da raça Shokan de Outworld.

Shang Tsung: Este feiticeiro é o organizador do torneio. Ele alimenta seus poderes com almas que rouba ao matar seus inimigos. Sua principal habilidade é mudar de forma.

Você deixaria seus filhos jogarem em uma máquina de onde saem dois tarados fantasiados?

CONTINUAÇÕES

Após o sucesso do primeiro jogo logo surgiram continuações, com novos torneios e o progresso da história. No texto acima eu usei apenas as informações do Mortal Kombat original, mas fãs do jogo podem usar qualquer outro ponto da história do jogo, como o torneio de Outworld (MK II), a invasão da Terra pelas forças de Shao Khan (MK 3), a Aliança Mortal de Shang Tsung e Quan Chi (MK Deadly Alliance) ou qualquer outro que julgue interessante.

Essa imagem não está aqui por nenhum propósito além de que... EU QUERO, ora bolas!

Agora nos próximos parágrafos seguem ideias de como usar a história de MK em seu sistema de jogo favorito.

DEFENSORES DO KOMBAT

Usar Mortal Kombat em 3D&T não requer muitas modificações, afinal este é um sistema voltado para personagens de anime, mangá e games. Se você quer reproduzir a dragão de fogo de Lyu Kang apenas coloque uns pontos em Poder de Fogo e classifique o dano como Fogo, se você quer reproduzir o poder de congelamento de Sub-Zero use a vantagem Paralisia e assim por diante.

Se você tivesse quatro braços e fosse gigantesco também poderia andar só de sunga e ainda assim parecer intimidador.

Uma característica do jogo, contudo, que pode ser usada ou não são os Fatalities, golpes especiais usados após o fim da luta para encerrar a carreira do oponente da maneira mais violenta possível.

Não existe uma regra própria para isso, mas uma sugestão é que após o inimigo ficar com 0s PV ele não caia imediatamente, mas fique cambaleando. Na próxima rodada então o vitorioso poderia tentar um golpe especial com um redutor de -2 ou -3 (a critério do Mestre, pois no jogo é uma sequência difícil de ser utilizada) e em caso de acerto o vencedor mataria o inimigo da forma mais violenta e criativa que possa imaginar, desde arrancar o esqueleto do inimigo pela boca até arrancar a pele e a carne dele com um grito.

Outra coisa a ser decidida pelo Mestre é o tipo de aventura a ser utilizada. O modo mais simples é o Arena, onde cada jogador faz sua ficha, o Mestre cria vários NPCs, faz algumas chaves e os jogadores rolam o torneio como no videogame.

A opção Arena pode até ser divertida, mas não é exatamente RPG e sim um jogo de estratégia. Uma outra opção seria usar o torneio como plano de fundo para uma história maior. Caso os personagens queiram usar seus próprios personagens uma boa ideia seria situar o torneio em um periodo anterior ao Mortal Kombat do primeiro jogo, talvez antes mesmo de Goro se sagrar o grande campeão, ou então coloque os jogadores no lugar de Liu Kang & cia. tornando-os os grandes heróis salvadores da Terra.

KOMBAT DAS TREVAS

Usar os kombatentes no Mundo das Trevas parece meio anti-climático. Existem vampiros, demônios, magos e toda sorte de seres sobrenaturais, mas o clima de Mortal Kombat é não é tão sombrio quanto o Horror Pessoal de Vampiro: A Máscara.

Porém, existe a versão do sistema Storyteller para o jogo Street Fighter que cai como uma luva neste cenário. Você pode usar os mesmos parâmetros usados em 3D&T para criar aventuras ou apenas jogos de Arena, além da possibilidade de fazer um crossover entre Kombatentes e Guerreiros Mundiais.

A única regra que deve ser adaptada é para os Fatalities, já que Street Fighter RPG não tem regras para a morte dos personagens. Uma opção seria adaptar alguns dos golpes da lista de Manobras Especiais do personagem para esse fim. Por exemplo, se o Fatality do seu personagem consiste em um gancho que arranca a cabeça do alvo com sua coluna vertebral junto, use a Manobra Power Uppercut, se o seu Fatality for uma bola de fogo que incinera o alvo até os ossos use Improved Fireball e assim por diante.

Como se trata de um golpe de finalização, ele só poderia ser usado quando o alvo estiver com o pontos de Saúde. Não é possível simular a dificuldade em acertar o golpe com uma jogada de ataque normal, pois os golpes em Street Fighter sempre acertam. Uma opção possível seria o Narrador estipular uma quantidade mínima de sucessos na Avaliação de Dano do Fatality. Caso o lutador não consiga, o golpe apenas atinge o alvo moribundo e nada demais acontece além da vitória. Em caso de sucesso é sangue pra todo lado!



Mortal Masmorra

Adaptar Mortal Kombat para Dungeons & Dragons e similares? Será possível?

Digo-vos sim! Tudo é possível dentro do RPG!

Uma opção é acrescentar Outworld e os demais Reinos à cosmologia de D&D e fazer com que os próprios personagens jogadores sejam os heróis escolhidos pelos deuses para defender seu mundo contra as forças de Outworld. Que tal Paladine ou Khalmyr em pessoa convocando os aventureiros para serem os eleitos para participarem de um torneio pela defesa do mundo conhecido?

Vale lembrar que mesmo havendo tecnologia suficiente para gerar ciborgues como Sektor e Cyrax ou os implantes biônicos de Jax, o mundo de Mortal Kombat é atemporal o suficiente para se usar em ambientes medievais. Na verdade os personagens que eu citei são da nossa Terra e não de Outworld! A maioria dos habitantes de Outworld resolve seus problemas com armas brancas e feitiçaria!

Se você usa ambientações medievais baseadas no mundo real, ou outros períodos históricos, também pode aproveitar a história de Mortal Kombat. Lembre-se que o torneio já era realizado há muito tempo antes do primeiro jogo.

Outro ponto a ser citado é que nem só de luta vive Mortal Kombat. Uma breve pesquisada no cenário de Outworld pode inspirar várias histórias de aventura e ação sem necessariamente se basear no torneio.

Uma boa fonte de inspiração é o jogo para Playstation 2 Mortal Kombat Shaolin Monks que ocorre entre o primeiro e o segundo Mortal Kombat, onde os personagens visitam locais conhecidos dos jogadores e enfrentam toda sorte de monstros e desafios. Outro jogo digno de nota (apesar de ser uma bosta) é o Mortal Kombat Mithologies: Sub Zero, um jogo de ação onde o ninja do frio deve enfrentar vários desafios para cumprir uma missão que lhe fora dada por Raiden.

MINIATURE KOMBAT

Sim, Mortal Kombat serve muito bem para ser adaptado para o controverso Dungeons & Dragons 4ª edição!

A ideia de usar miniaturas em um campo de batalha já fora explorada em Street Fighter RPG e aqui não é muito diferente, porém ao contrário da 3ª edição de D&D, aqui não existem os monges, especialistas em porrada marcial (pelo menos não no livro básico).

Um grupo criativo pode criar toneladas de poderes para simularem os golpes dos personagens de Mortal Kombat, ou até mesmo adaptar os poderes normais. Como os personagens de Mortal Kombat não tem uma classe definida, podendo ter os mais variados poderes sem nenhuma explicação plausível, o Mestre de jogo poderia permitir que os personagens comprassem poderes de outras classes por um custo maior, sempre no mesmo nível de seu personagem, ou inferior.

Até mesmo os Fatalities podem ser transformados em Poderes, de preferência Poderes Diários ou no máximo Por Encontro, senão o jogo vira uma chuva de inimigos decaptados, decepados, carbonizados e demais vítimas do vídeo Faces da Morte.

Sobre o tipo de aventuras não tem muito o que se explicar. D&D 4e é perfeito para aventuras do tipo Arena. Se você tem jogadores o suficiente dispensa-se até mesmo um Mestre para controlar os PdMs, embora seja bom um árbitro para narrar os efeitos das ações e resolver algumas disputas.

Mas é claro que a graça do RPG é contar histórias, por isso o ideal é usar o torneio apenas como plano de fundo para uma história ainda maior. Todas as dicas dadas na seção anterior desse texto se aplicam aqui.

OUTROS SISTEMAS

As dicas acima são para os sistemas mais populares, mas a ideia dessa sessão é abordar de tudo um pouco, por isso vamos a algumas dicas relâmpago para que vocês trabalhem vossas criatividades:

GURPS - Se você precisa de instruções de como adaptar qualquer coisa para GURPS você é no mínimo preguiçoso. GURPS é um sistema genérico, por isso você apenas precisa fazer as fichas dos personagens. O Módulo Básico já tem bastante coisa pra ajudar, mas os suplementos Gurps Artes Marciais e Gurps Supers são de grande ajuda.

Não falei? Supers e Kombatentes!

Daemon - Que tal incluir Outworld em algum lugar na Roda dos Mundos? Uma campanha padrão de Trevas ou Arkanun talvez ficasse esquisita com monges voadores e ninjas coloridos, mas esse sistema também tem suplementos para animes e super heróis.

Cyberpunk 2020 - Se o torneio ocorre de tempos em tempos porque não fazer um no futuro? Já temos ninjas cibernéticos e soldados com implantes biônicos, além do clima pós apocalíptico dos cenários na Terra em Mortal Kombat 3.

Shadowrun - Leia o parágrafo anterior e inclua elfos, anões, orks e outros bichos.

Ação!!! - Perfeito!!! A classe Lutador e a classe de prestígio Artista Marcial caem como uma luva aqui!!! E eu sempre uso três exclamações quando falo desse jogo!!!

4D&T - É a mesmíssima premissa de 3D&T, mas usando o Sistema D20... sem o D20! De qualquer forma são personagens de anime, que facilmente se adequam a um jogo repleto de combates burlescos.

Outros D20 - O sistema D20 como um todo, também é genérico o suficiente para abranger esse tipo de jogo. Não há mistério em se adaptar os Kombatentes para a maioria das variações desse sistema de regras.


Enfim, criançada, essa foi a estréia da coluna Doppleganger aqui no Dragão Banguela, onde ao invés de trazer tudo pronto eu apenas darei dicas de como VOCÊS vão usar a cabeça para adaptar o seu livro/filme/game/anime/HQ/seriado/hentai favorito para a mesa de jogo.

O foco não são as regras e sim o clima que cada jogo possui, sempre respeitando a premissa de cada jogo e do material a ser adaptado. Se você gostou, não gostou, achou muito bom, achou uma merda ou tem sugestões a fazer, o espaço abaixo é de vocês. As regras vocês já sabem, comentários contrutivos serão sempre bem vindos, sejam críticas ou elogios. Já os comentários imbecis serão sumariamente ignorados.

Portanto, rolem seus dados e que o torneio comece!

FINISH HIM!


Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Inspetor de Equipamentos nas horas vagas. Não perde pra ninguém usando o Scorpion.