segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

[Adaptação] - Tex para 3D&T


Uma das coisas mais legais do RPG é a possibilidade de ser, pelo menos dentro dos limites do jogo, um dos heróis de nossa infância.

A finada Dragão Brasil (que Paladine a tenha) tinha toneladas de adaptações sobre os mais variados temas e a Dragon Slayer segue de maneira semelhante. Além disso, diversos blogs sobre RPG seguem o mesmo caminho, então, porque não o Dragão Banguela?

Eis que surge no horizonte, montado em seu cavalo, o mais valente ranger do velho oeste...

...



O REI DO GATILHO... E não é o Moreira da Silva!

Criado em 1948 pelos italianos Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Gallepini, Tex é um personagem de fumetti (como os italianos chamam os quadrinhos), cujas histórias são ambientadas no período da história norte-americana conhecido como far-west.

A princípio ele era mais um caubói fora da lei, com forte senso de justiça, mas com o passar do tempo, Tex se uniu ao Comando dos Rangers do Texas, tornando-se um membro de grande destaque.

Suas histórias são publicadas continuamente com imenso sucesso na Itália pela Bonelli Comics e também em vários países do mundo, incluindo o Brasil, onde é publicado desde os anos 70, passando pelas editoras Vecchi, Globo (desde os tempos em que se chamava Rio Gráfica Editora) e Mythos (sua atual casa por estas bandas).



A CAMPANHA TEXIANA

A princípio o sistema 3D&T não parece apropriado para um cenário em que ninguém explode edifícios nem esmurra montanhas, mas fazendo uma análise mais fria podemos notar que ele cai como uma luva para as aventuras de Tex.

Notem que nas HQs, Tex Willer e seus companheiros se envolvem em tiroteios com dezenas de meliantes bem armados e geralmente escapam com apenas alguns arranhões! Sim, Tex é um forte candidato a Defensor de Tóquio!

Para se manter fiel ao estilo Texiano, contudo, algumas modificações devem ser feitas. Vantagens e Desvantagens relacionadas a magia, ou poderes paranormais (Área de Batalha, Forma Alternativa, Membros Elásticos, Fetiche, etc.) ficam proibidas. Apesar de alguns vilões serem feiticeiros ou xamãs indígenas, a magia é um recurso raríssimo no mundo de Tex.

Além disso, todos os personagens devem adotar automaticamente a desvantagem Munição Limitada, sem receber pontos por ela. No meio do tiroteio é bom saber administrar suas munições, ou pode ser pego de calças curtas!

Por fim, as Vantagens Únicas também ficam de fora, por razões óbvias. Nada impede, contudo que o Mestre coloque um vilão vampiro ou lobisomem, que se usado de maneira sensata pode gerar uma campanha memorável!

Uma clássica aventura de Tex, normalmente envolve o herói e seus aliados chegando em alguma cidade do velho oeste e arranjando problemas com algum figurão corrupto que se julga acima da lei, mas muitas vezes o vemos envolvido em algum evento da História norte americana (como a Guerra Civil) ou até mesmo em aventuras mais inusitadas, como em A Fera Humana, que presta homenagem ao clássico filme Zaroff, o Caçador de Vidas.





PERSONAGENS





Tex Willer, Águia-da-Noite

Tex era um vaqueiro num rancho no Texas, que se tornou um justiceiro ao ver o pai ser morto por bandidos mexicanos. Tex entao decide fazer justiça com as próprias mãos, vingando-se dos bandidos, mas tornando-se um fora da lei. Após acertar seus problemas com a justiça, Tex acaba se tornando parte do Comando dos Rangers do Texas.

Além disso, Tex é um grande defensor dos direitos dos indígenas, tendo se casado com a índia Lilith, da tribo Navajo. Os Navajo deram a Tex o apelido de Águia-da-Noite, devido ao uniforme que utilizava na ocasião (roupas negras e uma máscara).

Com a morte de Flecha Vermelha (seu sogro), Tex passou a ser o líder dos Navajo, defendendo sua tribo (e as demais tribos) no que tange aos direitos indígenas num mundo atualmente dominado pelo Homem Branco. Sua esposa Lilith também faleceu, mas lhe deixou um filho, batizado de Kit Willer (ou Pequena Águia, entre os Navajo).

Apesar de suas responsabilidades para com os Navajo, Tex é um justiceiro e por muitas vezes acaba indo a outros pontos do país (ou até mesmo do mundo), para acabar com o crime. Pugilista implacável e exímio atirador, o nome de Tex é conhecido e temido em praticamente todo o oeste selvagem.

F3 (esmagamento), H3, R3, A1, PdF4 (Perfuração) Vantagens: Aliados (Kit Carson, Kit Willer e Jack Tigre), Ataque Especial II (Preciso), Boa Fama, Riqueza*, Tiro Múltiplo. Desvantagens: Código de Honra dos Heróis, Munição Limitada. Perícias: Montaria, Investigação e Sobrevivência.

* Como líder dos Navajo, Tex tem acesso ao ouro dos índios e o utiliza para pagar suas despesas de viagem. Contudo, ele jamais o esbanja, levando consigo apenas o necessário (às vezes até menos, já que na maioria das vezes o vemos dormindo ao relento em suas viagens).




Kit Carson, Cabelos de Prata

Kit é um ranger mais experiente e grande amigo de Tex. Apesar de ser conhecido por seu tremendo pessimismo e rabugice, Kit é um grande atirador e um fiel companheiro, com quem Tex sempre pode contar.

F2(esmagamento), H3, R3, A1, Pdf4 (perfuração) Vantagens: Aliados (Tex Willer, Kit Willer e Jack Tigre), Ataque Especial II, Boa Fama, Tiro Carregável, Tiro Múltiplo. Desvantagens: Código de Honra dos Heróis, Munição Limitada. Perícias: Montaria, Investigação e Sobrevivência.



Kit Willer, Pequena Águia

Fruto da união entre Tex Willer e a índia Navajo Lilith, Kit segue os passos do pai, sendo treinado desde a juventude.

Seu nome foi dado em homenagem a Kit Carson, a quem ele chama de tio, embora não tenham nenhum laço de sangue.

F2 (esmagamento), H4, R3, A1, PdF3 (perfuração) Vantagens: Aliados (Tex Willer, Kit Carson e Jack Tigre), Ataque Especial I, Tiro Carregável, Tiro Múltiplo. Desvantagens: Código de Honra dos Heróis, Munição Limitada. Perícias: Montaria, Investigação e Sobrevivência.




Jack Tigre

Jack é um índio Navajo, conhecido por suas grandes habilidades como rastreador e suas capacidades combativas (foi ele quem ensinou Tex a usar as armas indígenas).

Outrora um jovem alegre e extrovertido, Jack passou a ser um homem extremamente sério e reservado após perder o amor de sua vida, a índia Taniah.

Jack é um fiel companheiro de Tex e por muitas vezes assumiu a liderança dos Navajo enquanto Tex se aventurava em outros pontos do país.

F3 (esmagamento), H4, R3, A2, PdF3 (perfuração) Vantagens: Aliados (Tex Willer, Kit Carson e Kit Willer), Ataque Especial II, Tiro Carregável, Tiro Múltiplo. Desvantagens: Código de Honra dos Heróis, Munição Limitada. Perícias: Animais, Investigação e Sobrevivência.

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. O gatilho mais rápido de todo o oeste!



domingo, 27 de novembro de 2011

Aha! Uhu! Ô Tagmar eu vou comer o seu... Bolo!!!


Pois é, cambada! Tagmar, o primeiro RPG da história de nosso país completou 20 anos de idade, já é adulto, pode chegar tarde em casa e pegar umas mulezinhas na balada.

Pois mês que vem algumas cidades do nosso país comemorarão o aniversário do Primeirão!

...

E como eu sou muito preguiçoso, passo a palavra para o camarada Thiago Rodrigues, coordenador de revisão do Tagmar 2, o sucessor do primeiro RPG brasileiro.

"Há 20 anos surgia o Tagmar, o 1º RPG criado e lançado por brasileiros. A iniciativa começou tímida, mas em pouco tempo o Tagmar se tornou um sucesso. Mesmo com 10.000 exemplares vendidos,infelizmente, a editora GSA (responsável pelo comercialização) fechou em 1997 e o 1º RPG brasileiro saiu de cena. Mas os fãs não o esqueceram, e em 2004 o Tagmar retorna ao mercado através de uma nova versão revisada, expandida, e gratuita! Era o inicio do Projeto Tagmar 2.

Depois de 7 anos de muito esforço e dedicação, o Tagmar agora conta com quase 30 títulos que abrangem regras, cenário, aventuras e contos. O melhor de tudo é a qualidade e que não deixa a desejar com nenhum outro RPG.

É com muito orgulho que a equipe do Projeto Tagmar 2 convida a todos a participarem das comemorações pelos 20 Anos do 1º RPG Brasileiro. Nos dia 10 e 17 de dezembro ocorrerão eventos simultâneo em 4 cidades do Brasil, na qual mesas de Tagmar serão realizadas para reunir o pessoal antigo do Tagmar 1, o pessoal do Tagmar 2 e todos os demais fãs de RPG.

Nestes dias, saia de casa e vá prestigiar o maior e mais completo RPG Brasileiro de fantasia medieval. Não perca a chance de conhecer e jogar o Tagmar 2!

Dia 10 de Dezembro
Rio de Janeiro – RJ
Livraria Point HQ
Rua Visc Pirajá, 207 – 3º piso – Ipanema
Das 10:00 as 18:00
Perto da estação metrô General Osório

São Paulo - SP
Biblioteca Pública Chácara do Castelo
Rua Brás Lourenço, 333 - Jardim da Glória
Das 10:00 as 18:00
Perto da estação metrô Vila Mariana

Fortaleza - CE
Livraria Feira do Livro
Rua Benjamin Carneiro Girão 87 A – Montese
Das 10:00 as 18:00

Dia 17 de Dezembro
Natal - RN
Mostra Lúdico-Narrativa - Expotec'11
IRFN (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia)
Av. Senador Salgado Filho, 1559 - Tirol
Das 8:00 as 18:00"


Então anotem as datas em vossas agendas, marquem no calendário do celular, ou o que quer que valha e vá prestigiar o aniversário de duas décadas de Tagmar!

E aproveitando a deixa, vale lembrar que ainda há tempo para vocês, seus vermes preguiçosos, mandarem seus textos para o processo seletivo do Blog do Dragão Banguela!

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Xará de um dos autores do Tagmar original.



sábado, 5 de novembro de 2011

O Dragão Banguela precisa de você!


A equipe do Blog do Dragão Banguela tem um pronunciamento importante a fazer...

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Seguinte, cambada. Como vocês sabem, o ritmo das postagens no blog tem diminuído bastante. Não vou ficar dando satisfações da minha vida pessoal aqui, mesmo porque nenhum de vocês paga as minhas contas ou lava as minhas cuecas, mas o fato é que, no ritmo que andamos o blog tem ficado às moscas por mais tempo do que gostaríamos.

Então, conversando com o Trapaceiro chegamos à conclusão de que a melhor coisa a se fazer é procurar pessoas dispostas a ajudar do que deixar o blog morrer lentamente.

E é aí que vocês, leitores imundos entram!

Sim, macacada! Venho por meio deste post abrir um processo de recrutamento para novos autores para o blog do Dragão Banguela!

Portanto, vamos logo ao regulamento, mesmo sabendo que ninguém vai ler e todo mundo vai perguntar as mesmas coisas nos comentários:

PROCESSO DE SELEÇÃO PARA NOVOS AUTORES DO BLOG DO DRAGÃO BANGUELA

COMO PARTICIPAR: Envie um texto sobre qualquer assunto relacionado a RPG. A ideia é escrever como se você já estivesse fazendo um post para o blog. Mas atenção, pois NÃO serão aceitos posts com material para download. O texto deve ser enviado em arquivo do Word, com imagens e tudo mais que tiver direito.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Os textos serão analizados por mim e pelo Trapaceiro em cima dos critérios de ortografia, originalidade, clareza na exposição de opiniões e, é claro, o bom humor.

NÚMERO DE VAGAS: Não foi estipulado um número mínimo de vagas, mas a princípio não colocaremos mais do que três autores, senão vira bagunça. A quantidade de pessoas escolhidas depende unica e exclusivamente da qualidade dos textos recebidos (não vamos escolher qualquer um só pra bater cota, por exemplo) e também da disposição de tempo dos novos autores, afinal, não adianta nada ter um excelente autor que tenha a mesma quantidade de tempo disponível que os atuais autores do blog.

O QUE EU GANHO COM ISSO? Porra nenhuma. Somos um blog totalmente amador e não temos nenhuma forma de lucro com ele, mas pelo menos é divertido escrever aqui. Às vezes aparece um ou outro pentelho tentando trollar o site, mas isso é facilmente resolvido com a magia Explodir Leitor, que apenas a alta cúpula do blog tem acesso.

PARA ONDE EU MANDO O MEU TEXTO? Você deve enviar o seu texto concomitantemente (ou seja, ao mesmo tempo, sua mula) para os e-mails dragaobanguela@gmail.com e oraculodassombras@gmail.com

Então é isso, macacada! Enviem seus textos e boa sorte (ou não)!

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Bancando o analista de RH.



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Holy Avenger, a HQ de maior sucesso no Brasil que NÃO foi escrita pelo Mauricio de Sousa

Recentemente estive na segunda edição da Rio Comicon e pude ver de perto a Erica Awano, a desenhista de Holy Avenger e acabei pensando em duas coisas...

Uma das coisas em que pensei é em quão triste foi constatar que o stand do Peter Kuper (se você não sabe quem é, merece tomar um tiro nesse cu, seu filho da puta!) estava vazio em relação ao da Awano (que é mais bonita na versão mangá que ela desenhava de si mesma, entre um capítulo e outro, junto com o Cassaro vestido de Capitão Ninja).

E a outra foi que, até hoje, Holy Avenger permanece como um dos maiores sucessos editoriais do quadrinho brasileiro, mesmo que a série tenha sido concluída há quase dez anos. Por isso mesmo, resolvi escrever este artigo para relembrar sobre a série e apresentá-la para aqueles que são jovens demais para terem conhecido-a.



RÓLI O QUE?

O ano era 1999 e a Dragão Brasil era a maior, a melhor e a única revista especializada em RPG a pintar nas prateleiras das bancas de jornal, isso numa época em que a internet ainda era um luxo para poucos, mas já começava a se popularizar entre os usuários do Windows 98.

As matérias sobre RPG da revista atingiram tamanha popularidade que os editores resolveram reunir suas melhores ideias (e acrescentar novas) para criar um cenário de campanha própria, compatível com AD&D, Gurps e 3D&T, os sistemas que dominavam o momento (excluindo, é claro, o Storyteller, que apesar da legião de fãs, não combinava nem um pouco com o estilo de heroísmo em um mundo de fantasia medieval). E assim surgiu Tormenta e seu mundo de Arton.

Mas que graça há em se criar um cenário para os outros usarem em seus jogos de RPG se não dá pra escrever nenhuma história nele? Então, para enriquecer a mitologia de Arton surgiu a série em quadrinhos Holy Avenger, baseada no mundo de Tormenta.


A SAGA DOS RUBIS DA VIRTUDE

Como se poderia esperar de uma série ambientada num mundo de fantasia medieval aos moldes de D&D, Holy Avenger é uma história de aventuras, mas acima de tudo, é uma história de romance e esse é apenas um dos diferenciais marcantes dessa HQ.

A HQ narra a saga de Lisandra, uma jovem druida e única humana habitante da selvagem ilha de Galrasia, em busca dos Rubis da Virtude, para ressucitar o misterioso Paladino, o maior herói de toda Arton e por quem a jovem é perdidamente apaixonada.

No processo ela acaba conhecendo Sandro, o filho do maior ladrão de todo o mundo e que tenta (sem sucesso) seguir os passos do pai. Sandro acaba se apaixonando à primeira vista por Lisandra, mesmo sem ter muita noção de seus sentimentos (naquela época não era que nem hoje em dia em que já se trepa no primeiro encontro). Movido por sua paixão, ele acaba se metendo em altas confusões (no melhor estilo do Narrador da Sessão da Tarde) para ajudar Lisandra, mesmo que esta só tenha olhos para o Paladino.

Completando o time de protagonistas temos Tork, um troglodita anão, que criou Lisandra como se fosse sua filha e Niele, a elfa com visual sado-masô, que ajuda Sandro, porque não tem muito mais o que fazer com um cajado mágico com poderes semi-ilimitados.

Aliás, a Niele acabou se tornando um ícone entre os RPGistas brasileiros, principalmente por suas roupas mínimas, mas também por seus dotes físicos avantajados, o que é pouco comum para o estereótipo élfico. O mais perto que temos de elfas gostosas são as que o Elmore desenhava pro Dragonlance.

Cosplays da Niele são sempre bem vindos

Já do lado dos vilões tinhamos a sinistra aliança de Mestre Arsenal, fã de Darth Vader e então sumo sacerdote do deus da guerra e Nekapeth, sumo sacerdote do banido deus da traição, além de uma ampla gama de vilões menores, mas não menos marcantes. O meu favorito, embora não seja um personagem lá muito criativo, é o Camaleão.


PIONEIRISMO

Além de ter uma trama extremamente atraente para os fãs de RPG (afinal tinha todos os arquétipos clássicos de D&D), Holy Avenger se destacou por desbravar um território até então pouco explorado pelas editoras brasileiras.

A animação japonesa já tinha bastante força aqui no Brasil, mas ainda era difícil encontrar mangás nas bancas, bem diferente de hoje em dia em que vemos mais mangás do que qualquer outro tipo de quadrinhos nas prateleiras (se isso é bom ou não, fica pra outro artigo).



A demanda do público já existia, mas como era de se esperar, poucas editoras tiveram a manha de atender o desejo do público (se bem que a Panini não atende os fãs de super heróis e está aí há anos).

Cassaro que já havia experimentado publicar quadrinhos puxados para o estilo Image em voga nos anos 90, com UFO Team, Godless e outros títulos da editora Trama, chamou Erica Awano, uma desenhista com forte influência do estilo nipônico para ilustrar a saga dos Rubis da Virtude.

Apesar do traço ser clarmente inspirado nos mangás, a revista ainda tinha muita coisa do quadrinho americano, como o formato da publicação e o número de páginas. Além disso, cada edição vinha com uma matéria sobre RPG que de alguma maneira tinha relação com a história. No capítulo em que Sandro enfrenta Trolls, por exemplo, temos um artigo sobre os trolls da mitologia e os trolls dos jogos de RPG (sem relação com os trolls babacas que são chamados assim hoje em dia).

Outra coisa que denota bem o trabalho de um bom editor é que o roteiro é feito para se adaptar ao estilo da desenhista. Awano não manda muito bem nas sequências de porradaria, por isso, o roteiro evita cair na armadilha de colocar os personagens para lutarem o tempo todo (como em uma aventura típica de D&D) e usa outras alternativas para desenvolver a ação. A luta entre Paladino e Arsenal é um exemplo claro disso.



20 NATURAL

E então, Holy Avenger é essa Coca Cola toda? Na verdade, o roteiro, apesar de bem escrito, muitas vezes mostrava-se sendo escrito de maneira meio empírica, como se o autor não tivesse muita ideia de onde levar a saga. Além disso, a quantidade de referências a animes e mangás era exagerada a ponto de deixar de serem apenas referências e se tornarem paródias mesmo.

A arte de Awano também não havia atingido seu potencial pleno. Não chegava a comprometer a qualidade do trabalho, mas em algumas páginas dava pra sentir que faltava alguma coisa a mais. Alguns defensores radicais podem culpar o prazo apertado, mas basta conferir o trabalho do Ivan Reis na DC e ver que prazo não chega a ser problema.

Ainda assim, Holy Avenger teve a moral de se sustentar por quase três anos com qualidade crescente, em um mercado em que excelentes ideias morrem em no máximo três edições e acabou rendendo ao autor Marcelo Cassaro um convite para trabalhar com ninguém menos que Mauricio de Sousa. Se isso não é um sucesso decisivo, sinceramente não sei o que é.


A HERANÇA

Os fãs órfãos de Holy Avenger aguardam até hoje a animação baseada na HQ, mas como se sabe, fazer desenho animado (ou qualquer tipo de obra cinematográfica com um mínimo de qualidade) no Brasil é complicado e a produção ainda parece bem longe de chegar às telas. Mas ao contrário do que os mais pessimistas alegam, a produção não morreu, apenas caminha no passo em que lhe é permitido andar.

Já nos quadrinhos, a dupla responsável por Holy Avenger também criou Dragon Bride, que fora publicada nos primeiros números da Dragon Slayer e que recentemente ganhou um álbum em formato mais luxuoso. Como história, DBride é mais eficaz que Holy Avenger, apesar de ser mais curta. Além disso, a evolução de Awano como desenhista é facilmente notada.

Atualmente, o mundo de Arton figura nas páginas de Ledd, que segue ainda mais o estilo mangá, além de ser bem mais focado na ação. Ainda é difícil fazer uma análise mais completa sobre a qualidade de Ledd, mas o potencial para ser o novo Holy Avenger (e talvez ir além) é bem forte.

Ainda assim, os fãs ainda aguardam a republicação de Holy Avenger, talvez em um formato mais luxuoso (apesar de saber que isso vai sair caro pra cacete). Quem sabe, que com o sucesso da versão impressa de Ledd isso não ocorra? Fica a torcida para que a saga dos Rubis da Virtude volte a ocupar as prateleiras das livrarias.

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Não pegou autógrafo da Awano na Rio Comicon.



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

[Top 5/-1] - Artefatos e Armas Mágicas




Normalmente os leitores do DB só dão dicas de posts quando é pra pedir algum material pra download. Mas vira e mexe pinta uma ideia legal e não é nada mal aproveitá-las...

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No caso do post de hoje foi o leitor Peregrino quem deu a ideia de um Top 5/-1 de artefatos e armas mágicas.

Os livros de RPG estão cheios deles, mas porque me limitar só aos artefatos de RPG? Porque não pegar artefatos da literatura, dos quadrinhos, dos videogames ou de qualquer outra mídia?

O resultado é a lista que vocês conferem abaixo. E o resto vocês já sabem, se vocês discordam, não percam tempo dando ataque de pelanca nos comentários e usem esse espaço para fazerem seus próprios tops, ao invés de ficarem falando que ficou faltando os itens w, x, y e z, o que resultaria em uma lista muito maior do que 6 itens (cinco bons e um meia boca).

5) Pedras Iônicas (D&D) - Essas pedrinhas garantem a seu usuário diversos benefícios, que variam de acordo com a cor e a forma da pedra, o que é sempre muito bom.

Mas imaginem ficar o dia inteiro com essas porrinhas flutuando em volta da sua cabeça? Parece até que o sujeito não toma banho há tantos dias que já começou a atrair insetos!



4) Palantír (Terra-Média) - Você fica aí todo faceiro com seu smartphone, ligando pros seus amiguinhos, brincando de Angry Birds e se gabando no 4square (rede social, cuja única utilidade é mostrar que você tem um Smartphone.

Pois saiba que foram os magos da Terra Média quem inventaram essa moda! Mas eles faziam isso com umas bolas enormes feitas de vidro, ou qualquer material semelhante. Na verdade eu não sei, porque a última vez que eu tentei ler algum livro do Tolkien me deu um sono...



3) Latão de Lixo (Final Fight e qualquer outro jogo de porrada) - Comida é algo que sempre inspira muitos cuidados, pois além do risco de estragar durante o transporte, ela pode esfriar (ou esquentar, dependendo da refeição), perdendo assim todo o sabor.

Agora imagine um método de transportar a sua comida sem se preocupar com NENHUM fator externo! Se você já perdeu seu tempo lendo as embalagens de qualquer alimento, vai descobrir que deve-se armazená-los sempre em locais secos, arejados e longe de produtos químicos. Mas isso pode ser evitado com os latões de lixo dos jogos de porrada (os famosos Beat'n ups)!

Você pode deixar lá o seu frango assado com farofa de domingo NO MEIO DA RUA e ele vai estar sempre quentinho e pronto para ser degustado enquanto você livra a cidade de meliantes!

Também disponível nas versões barril de madeira e pilha de pneus velhos!

2) Armaduras de Athena (Cavaleiros do Zodíaco) - Armaduras são a forma de proteção mais comum nos universos de fantasia e são itens praticamente imprescindíveis se você vai sair na porrada, a não ser que você seja o Conan que se garante só de sunguinha contra um exército.

O inconveniente das armaduras é que elas são pesadas e levam um tempão pra serem vestidas. E eu aposto que se um guerreiro de armadura sentir uma coceira na bunda ele vai passar maus bocados!

Agora imagine uma armadura que leva menos de um segundo para ser vestida e que mesmo sem tampar partes vitais do corpo como o pescoço, a barriga e até mesmo o saco, consegue evitar que seu corpo seja destruído por golpes que partem montanhas, ou impedir que a fricção queime seu corpo inteiro enquanto você corre na velocidade da luz!

Não precisa imaginar, pois o mangaka Masami Kurumada inventou essas armaduras em meados dos anos 80 ao criar o mangá Saint Seiya, ou como nós conhecemos, Cavaleiros do Zodíaco!

O problema dessas armaduras é que elas precisam de sangue para serem consertadas, o que não chega a ser problema, afinal os personagens dessa série possuem galões de sangue em seus corpos!


1) Manopla do Infinito (Quadrinhos Marvel) - Com todas as 6 jóis do Inifinito (Tempo, Espaço, Mente, Alma, Realidade e Poder) reúnidas, forma-se a poderosíssima Manopla do Infinito, que dá praticamente poderes ilimitados a quem a usa. O problema é que o seu dono, Thanos, a queria para matar metade do universo para chamar a atenção da sua amada, a Morte.

Aqui onde eu moro, quando um cara quer impressionar uma mulherzinha ele compra um carro, não uma porra duma luva com poderes cósmicos infinitos!



-1) O Anel do Lanterna Verde (Quadrinhos DC) - É nessa hora que todo mundo vai dar chilique, reclamar e querer me matar. Como um anel que dá poderes praticamente ilimitados a seu usuário pode estar na posição -1? Bem, o primeiro Lanterna Verde, criado nos anos 40 tinha fraqueza contra madeira. MADEIRA!!! Se eu jogasse o meu contrabaixo nesse filho da puta o anel mágico dele não serviria de nada e eu, um magrelo de 50 quilos derrotaria um dos fundadores da Sociedade da Justiça.

Não satisfeita, a DC reformulou o personagem no fim dos anos 50 e decidiu que os Lanternas Verdes seriam uma polícia espacial, mas o anel não mais teria fraqueza contra madeira, afinal, muitos planetas nem tem formas de vida vegetais, certo? Então trocaram a fraqueza do anel por coisas AMERELAS!!!! Uma camisa da Seleção Brasileira seria mortal para a polícia do UNIVERSO!!!

- Mas Oráculo, o Ryan Reynolds Hal Jordan derrotou o Parallaxx e agora não existe mais a fraqueza contra o amarelo. Sim, mas isso aconteceu praticamente ano passado (a saga Lanterna Verde: Renascimento acabou em 2005), então ficamos com nada menos do que 46 anos de um personagem com fraqueza a camisas da seleção canarinho ou um abraço do Wolverine em seu uniforme clássico.

Concordam? Discordam? Vocês podem deixar seus omentários, reclamações e ofensas gratuitas no artefato mágico mais inutil do universo, o formulário de comantários do Dragão Banguela!

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Precisa de uma carteira do dinheiro infinito.



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

[Cinema com RPG] - Coração Satânico

A coluna Cinema com RPG está de volta e com algumas mudanças!

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Então, cambada. A principal mudança na coluna Cinema com RPG é que agora ao invés de simplesmente colocar um link pra vocês baixarem os filmes, eu apenas vou fazer um pequeno review sobre os filmes e dar algumas dicas de como aplicar seus elementos em suas mesas de RPG.

Não adianta reclamar! Vocês tem a internet à disposição, então usem o Google e não encham o meu saco!

E pra começar, vamos a um clássico de 1987, portanto, que ninguém venha reclamar de spoilers, porque vocês tiveram mais de vinte e cinco anos pra assistir! E se não assistiram até hoje, então não o fariam se eu não tivesse mencionado o filme.

O FILME

Coração Satânico (Angel Heart, no original) é um filme de suspense estrelado por Mickey Rourke (Harry Angel), na época em que este ainda não estava tão fodido e Robert De Niro (Louis Cyphre).



Harry é um ex-soldado (a trama é ambientada nos anos 50) que se tornara detetive particular. Ele é contratado pelo misterioso Louis para encontrar um cantor chamado Johnny Favorite. Harry então se aprofunda numa trama envolvendo pessoas ligadas ao vodu. Além disso, todas as pessoas que ele investiga acabam morrendo de maneiras horríveis.

Por fim, Harry descobre toda a terrível verdade. Johnny havia feito um pacto com o capeta para conseguir fama e dinheiro, mas tentou burlar o acordo fazendo um ritual para jogar a sua alma em um soldado recém chegado da guerra. Este soldado era ninguém menos que o próprio Harry, que fora assassinado durante o ritual, porém as memórias de Johnny foram reprimidas no processo e ele acreditava ser o próprio Harry Angel, mas durante a investigação, essas memórias vieram à tona.

Aliás, que detetive de merda é esse que não sacou que Louis Cyphre é Lucifer? Viu, não disse que tinha spoiler?



Enfim, mesmo se você não vai aproveitar as ideias do filme em sua mesa de jogo, ele vale como uma boa história de suspense sobrenatural. Não tem muito gore e o terror está mais no clima do que nas tripas aparecendo.

Mas o que mais me assustou mesmo foi a última mulher a morrer no filme, que tinha o SUVACO CABELUDO!!! PELO AMOR DOS DEUSES!!! Mulher com suvaco cabeludo não, né?!

NA MESA DE JOGO

Como a história do filme é muito focada no descobrimento do passado sombrio de Johnny Favorite, fica muito difícil adaptar a trama diretamente para a mesa de jogo (funcionaria bem numa aventura solo, mas dificilmente em um jogo em grupo), mas é possível usar seus elementos em vários tipos de aventuras.

Uma ideia bastante simples é fazer com que um ou mais jogadores do grupo sejam "ladrões de corpos" como Johnny, fugindo através das eras do cramunhão, ou de qualquer outra entidade maligna do seu RPG favorito. Até mesmo o fato das memórias reprimidas pode ser aproveitado pelas regras do seu RPG favorito.

Então, você pode jogar com um mago maligno, que, em busca de poder acabou fazendo um pacto com Leen (ou a divindade maligna do seu cenário de jogo) e para fugir de ter de pagar a sua parte no acordo, acabou roubando o corpo de alguém, voltando a ser um personagem de 1° nível, que aos poucos irá se lembrando de seus poderes anteriores.

Esqueçam o Keanu Reeves. Esse sim seria um excelente filme do John Constantine!

Outra possibilidade é fazer com que os jogadores sejam contratados por alguém para caçar algum feiticeiro maligno que anda fazendo essa zona de ficar trocando de corpos. Nesse caso, os personagens não precisam ser, necessariamente contratados pelo capiroto, afinal, as forças do bem também se interessariam em acabar com a festa da troca de corpos.

Além das referências óbvias a D&D usadas nos meus exemplos, esse tipo de aventura pode se enquadrar prefeitamente em vários outros sistemas, como Rastro de Chutullu, Daemon, Storyteller e Gurps Horror. Até mesmo sistemas mais "exagerados" e "coloridos" podem ser usados, afinal, não é difícil imaginar um super vilão fazendo isso em uma aventura de Mutantes e Malfeitores, ou até mesmo uma campanha de Defensores de Tóquio investigadores do sobrenatural, com todo o exagero de um Yu Yu Hakusho da vida.

Mas se você for um mestre malvado e quer assustar mesmo os seus jogadores, tire um print screen da cena da mulher com suvaco cabeludo e mostre pra eles. De preferência no momento da pausa pro lanche durante a sessão de jogo.

Eles nunca mais vão conseguir dormir de novo...

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Não curte mulheres de suvaco cabeludo!



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Novidades nas Mesas Online


E dessa vez, não são exatamente novidades boas...

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Então, cambada. Há poucos meses atrás, a iniciativa deste humilde blogue de promover mesas online estava indo muito bem, inclusive servindo-me como fonte de inspiração para alguns dos posts que até hoje me orgulho muito de ter escrito, como esse aqui.

Eis que tinhamos a mesa principal de AD&D, uma de Street Fighter Storyteller e as mesas One Shot, com aventuras curtas sobre variados temas.

Então, aconteceu, que por problemas de ordem pessoal, o tempo pra narrar começou a ficar curto e por isso as One-Shots deram um tempo (mas como não tem cronologia, nem grupo fixo, não quer dizer que acabaram de vez).

A mesa de Street Fighter foi outra que, infelizmente deu errado, pois como vocês tem percebido, eu raramente tenho tido tempo de postar aqui e, logicamente, isso se reflete também na jogatina online.

Eu não curto ficar falando sobre a minha nada mole vida pessoal, mesmo porque nenhum de vocês lavam as minhas cuecas nem pagam as minhas contas, mas o facto é que, tanto as postagens quanto as jogatinas online tem rareado bastante.

E o AD&D? Bem, essa sempre foi a mesa principal dentre as jogatinas online, já durando mais de um ano. O problema é que já há alguns meses, praticamente não tem rolado jogo e a campanha não avançou praticamente em nada. A maior parte dos jogadores simplesmente sumiu no limbo, ou algo do tipo.

E assim como eu não tenho a obrigação de dar satisfações da minha vida pra ninguém, também não posso cobrar de ninguém, certo? Mas como diz o ditado, "o show não pode parar".

E é por isso que eu venho convocar VOCÊS leitores a integrarem a mesa de AD&D do Dragão Banguela, para dar continuidade à campanha mais épica de todos os tempos!

Nossa, que maneiro, Oráculo! E o que eu faço pra participar?

Bem, pequenos nerds, para participar basta enviar o histórico do seu personagem para o e-mail oraculodassombras@gmail.com juntamente com a ficha do personagem.

A campanha é ambientada no cenário Forgotten Realms e o personagem deverá necessariamente ser um aventureiro de primeiro nível, com 73 pontos para espalhar entre as seis habilidades. Só valem as regras de construção de personagem do Livro do Jogador AD&D 2ª edição, então nada de macete dos Players Options!

Nossa, mas que maldade! Primeiro nível?

Sim! Eu sou o tipo de Mestre malvado que joga contra o grupo. Se não gostou, vista sua roupa e vá jogar D&D4 (de quatro), aquele jogo em que tudo é equilibradinho e blablablameuovo.

Então, nerds fedorentos, essa é a sua chance de entrar para a história do blogue do Dragão Banguela!

As jogatinas ocorrerão todas as quintas feiras às 22:30, isso se a minha conexão deixar!


Essa imagem não tem nada a ver com o post, mas depois que me mandaram essa foto, seria impossivel não arrumar uma desculpa pra colocá-la num post.


Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Narrador zargoniano.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

[Notícias] - Monte Cook de volta à Wizards


Onde está o seu deus agora?

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Bem, cambada. Depois do fraquíssimo D&D4, eu passei a cagar para a linha Dungeons & Dragons, ainda mais quando eu ainda tenho os meus livros antigos aqui de boa.

Eis que a Wizards anunciou a contratação de Monte Cook, que não é ninguém menos do que uma das mentes por trás da revolucionária terceira edição do RPG das masmorras e dragões.

Ainda é cedo pra especular qualquer coisa sobre alguma eventual 5ª edição, mas não custa nada torcer pra que alguém conserte essa cagada que a Wizards anda fazendo com o RPG mais popular do mundo.

E se alguém tem a moral pra fazer isso, esse alguém é o Monte Cozinheiro!

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Torce pra que mandem o D&D4 pra PQP.



domingo, 11 de setembro de 2011

7º Mar (7th Sea) - Guia do Mestre Traduzido


Salve salve malditos!

O Trapaceiro novamente resolve aparecer por esta pocilga após um longo tempo sem postagens. Dessa vez não há desculpas esfarrapadas galera, realmente estou com uma desorganização enorme, na verdade nunca fui muito organizado mesmo, enfim.

Sem enchessão de linguiça, cliquem no Leia Mais, não leiam o conteúdo da postagem e cliquem direto no link de download (como vocês sempre fazem hahaha)...

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Somos saudados mais uma vez com um presente que nos é trazido atráves de muito esforço e boa vontade pelo grupo Jogadores de Papel.

Os cabrones acabam de lançar (acabam não, já faz um tempinho) a sua mais nova obra traduzida: 7º Mar - Guia do Mestre.

Como todo bom Guia do Mestre que se preze, o do 7º Mar não foge a regra: Há descrições de diversos locais e NPCs, regras novas e boas dicas para o narrador aprimorar ainda mais a sua campanha de Pirataria.

Novamente observamos a qualidade depositada na arte do livro e na tradução realizados pelos "Papers Players", está impecável!

Sejam felizes!

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7º Mar (7th Sea) - Guia do Mestre Traduzido

Caso não tenham o 7º Mar Guia do Jogador, vocês vermes que odeiam fazer pesquisas podem baixar aqui.

Por enquanto é isso galera! Nos vemos na próxima postagem (ano que vem se depender de mim hahahahha).


Sobre o Autor:
O TrapaceiroO Trapaceiro é uma das mentes doentias por trás do Blog do Dragão Banguela. Futuro professor de História, quando formado, irá ensinar aos seus alunos o "Evangelho Segundo o Rpgista Old School". Acredita piamente que o saudoso AD&D será republicado um dia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

[Resenhas] Ledd


Saudações, macacada!

Como vocês já devem saber, recentemente a Jambô lançou uma nova HQ baseada no cenário de Tormenta, chamada Ledd.

E como nós não falamos absolutamente nada sobre a série, vamos a uma resenha sobre o que já foi mostrado até então...

...



A SAGA DE LEDD, O GUERREIRO DESMEMORIADO

Antes de mais nada, temos de apresentar a série, o que será feito no próximo parágrafo, já que este parágrafo está sendo preenchido gratuitamente com encheção de linguiça falando sobre o que vai ter no próximo parágrafo.

Ledd é uma série em quadrinhos roteirizada por J.M. Trevisan, vulgo Doutor Careca e desenhada pelo estreante Lobo Borges. O quadrinho se passa em Arton, o mundo medieval do cenário errepegístico de Tormenta, e narra a saga de Ledd, um jovem guerreiro desmemoriado e de passado misterioso.

A trama começa com Ledd preso em Yuden e fugindo com a ajuda do misterioso mago Ripp, cujos feitiços precisam sempre de cabelos (dos outros, pois ele é careca) para serem executados.

Quando se fala em história em quadrinhos baseada em Arton, obviamente que se pensa logo em Holy Avenger, um dos maiores sucessos dos quadrinhos nacionais. E é aqui que Ledd mostra sua identidade própria.

A começar pelo traço de Lobo Borges, que também segue o estilo mangá, contudo, mais baseado nos quadrinhos de ação. Quem acompanhou o trabalho de Erica Awano em Holy Avenger sabe que o traço dela era mais suave e não funcionava em sequências de ação. Já Ledd, começa com um primeiro capítulo recheado de ação ao melhor estilo exagerado de Tormenta RPG.

O roteiro de Trevisan também é eficaz em se distanciar do estilo Holy Avenger. Enquanto a saga dos Rubis da Virtude era basicamente uma história romântica (Lisandra estava apaixonada pelo Paladino, enquanto Sandro estava apaixonado por Lisandra), em Ledd, o que temos é basicamente um quadrinho de ação. Isso não significa, no entanto, um roteiro raso. Na verdade, o mistério sobre a identidade de Ledd tem sido mostrado de maneira bem interessante e motiva o leitor a continuar acompanhando a saga.

Mas o mais importante sobre Ledd não é só a maneira como o quadrinho é desenvolvido e sim a maneira como ele é publicado. Ao invés de ser vendido mensalmente nas bancas como Holy Avenger era (um investimento extremamente arriscado e que já matou dezenas de boas iniciativas dos quadrinhos nacionais), Ledd é publicado em um site próprio para ser lido online e gratuitamente. Isso não só é inovador (pelo menos em termos de quadrinhos nacionais), como também é uma forma de se evitar a pirataria.

Todo mundo sabe que se fosse lançado de maneira tradicional, alguém já teria scaneado e soltado em algum site de downloads (mas não aqui, porque nessa joça a gente só coloca velharias). Então, os próprios autores resolveram disponibilizar a série online gratuitamente.

Mas e como a editora ganha dinheiro? Aí é que entra a estratégia editorial. Como alguns podem saber, os mangás japoneses são lançados nuns livretos bem vagabundos com papel de baixa qualidade, por um preço ínfimo, num formato de mix, com várias histórias de diversos autores. Então, os que fazem sucesso são lançados em volumes de melhor qualidade sem terem que dividir espaço com outras histórias (o formato que chega aqui no nosso país).

Com Ledd, os planos são mais ou menos parecidos. A cada X volumes online, teremos um encadernado em papel físico para ser vendido. Mas se você já leu o original online a versão em papel não tem nenhum atrativo, certo? Talvez não, mas os planos da editora incluem coisas extras nos volumes encadernados, como páginas coloridas, artes originais, esboços e todas aquelas coisas de bastidores que os fãs de quadrinhos adoram.

Seria essa a solução definitiva para o problema da falta de quadrinhos nacionais? Sinceramente, creio que não. É inegável o sucesso que Ledd vem fazendo e isso pode ser mensurado pelo feedback nos sites que falam sobre o assunto, mas acho pouco provável que outras editoras façam a mesma aposta, principalmente por não haver lucro imediato. Além disso, Ledd já tem a vantagem de ter o seu próprio público, que são basicamente os fãs de Holy Avenger que ficaram órfãos da série.


CONCLUSÃO

Em termos de iniciativas recentes nos quadrinhos nacionais, Ledd agrada bastante. Não é uma história extremamente profunda, mas tem bastante qualidade, seja no roteiro, seja na arte.

Além disso a corajosa iniciativa de publicar a HQ online gratuitamente também é bem promissora. Vale lembrar que a mesma editora fez algo parecido com o RPG 3D&T Alpha, que foi publicado online gratuitamente e vendido em livrarias. E mesmo sendo gratuito, o livro físico esgotou sua primeira tiragem.

A saga já está em seu terceiro capítulo e a previsão para o lançamento do primeiro encadernado será após o lançamento do quarto capítulo, ou seja, ainda neste ano.

Para ler a HQ online basta acessar http://www.leddhq.com.br/

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. É fã de Led Zepellin e tem uma TV de Led.



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

[Notícias] - O Forte das Teras Marginais, novo livro da Redbox!


Saudações, cambada!

Após um longo recesso, vamos voltando aos poucos ao ritmo normal de postagens.

Mas como hoje é feriado, vou apenas Ctrl + C, Ctrl + V uma notícia que tem muito a ver com a proposta do DB...

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O Rafael Beltrame do blogo do Clérigo acaba de lançar o livro O Forte das Terras Marginais, suplemento de Old Dragon baseado no clássico Keep on the Borderlands, da 1ª edição de D&D.

Segue o release do livro:

Orgulhosamente a Redbox Editora vem a público para anunciar o lançamento da pré-venda de seu segundo livro, o primeiro suplemento para Old Dragon RPG.

O Forte das Teras Marginais é a adaptação do famoso módulo de introdução “The Keep on the Borderlands“, lançada pela tradicional TSR em dezembro de 1979. De autoria do próprio Gary Gygax, a aventura foi um marco por não trazer um roteiro pré determinado para o desenrolar da aventura, podendo os jogadores explorarem várias ou nenhuma parte da região para desvendar os mistérios do Forte.

Esta característica foi mantida nesta adaptação de Rafael Beltrame para o módulo. Profundo conhecedor e pesquisador dos anos iniciais da TSR, Beltrame capturou todo o clima da aventura original nesta adaptação, sem deixar de dar cores novas e modernas à trama, de maneira a agradar a antigos e novos jogadores.

O Forte possui 60 páginas, ilustradas e repletas de mapas de todos os locais da aventura. Foi idealizada e diagramada de modo a evitar que o mestre perca tempo navegando ao longo do livro, com fichas de monstros e inimigos já preparadas para uso, com contadores de pontos de vida e principais estatísticas de combate.

Autor: Rafael Beltrame
Idioma: Português
Número de páginas: 60
Dimensões: 21×14 cm – (A5)
Tiragem: 300 sem previsão de reimpressão
Acabamento: Brochura (grampo) – papel offset


Novos lançamentos são sempre bem vindos ao RPG nacional, principalmente quando ainda tem aquela galera rancorosa que acha que o RPG está em crise e blablablameuovo.

Além disso, o livro segue o esquema do Old Dragon de homenagear o estilo D&D1/AD&D, mas usando regras mais funcionais.

Então, cambada, pra comprar o seu exemplar, basta clicar AQUI!

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Também mora em terras marginais.



domingo, 21 de agosto de 2011

Balões Banguelas n°3

Saudações, cambada!

Domingo é aquele dia de preguiça, onde assistimos os jogos do Campeonato Brasileiro e o Programa Silvio Santos.

Mas aqui no DB, domingo também é dia de Balões Banguelas!

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Na última imagem tivemos poucas frases realmente engraçadas, ao contrário da primeira rodada, mas apesar disso ainda deu pra pescar umas frases legais para figurarem no Balões Banguelas.

Malkavian

Gelatto

Leonam

Jcwally

Gilson




E agora damos sequência com mais uma imagem, desta vez, vinda do antiquissimo suplemento de D&D chamado Dark and Hidden Ways


E semana que vem tem mais, cambada!

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Ganhando níveis de baloeiro goblin!