Olá bando de vermes!
Conheçam o estreiante do Post do Leitor e o seu artigo sobre "Builders e a Interpretação"...
... Antes de mais nada, uma salva de palmas ao leitor Oráculo, por se prontificar a participar do Post do Leitor e ser o estreiante (por pouco, pois outro leitor quase foi o primeirão).
Espero que após esse primeiro Post do Leitor, os leitores frangotes deixem de lado o medo ou receio de escrever para o Post do Leitor e comecem a enviar seus post's para eu publicar aqui.
Bem, sem mais delongas, confiram o post do leitor Oráculo:
Builders e a Interpretação
"Desde os primórdios do RPG os jogadores foram se subdividindo em várias "categorias". Aqueles que preferiam a interpretação às regras eram chamados de “roleplayer” enquanto aqueles que optavam por ater-se somente à ficha eram conhecidos como "overpower" e assim por diante. Isso levou a inúmeras discussões no passado sobre a superioridade de determinado sistema sobre outro.
Os fãs do sistema Storyteller diziam que AD&D era "só porrada" e Vampiro era o ápice do Role play, mesmo que a grande maioria dos jogadores acreditasse que Role play ser somente encontrar novos meios de demonstrar sua superioridade através de suas Disciplinas.
Quem lia a finada revista Dragão Brasil (que os deuses a tenham) já deve ter acompanhado as infindáveis disputas entre os fãs de determinados sistemas e as categorias usadas para descrever os seus jogadores.
Quem jogava AD&D só queria enfrentar monstros e passar de nível, quem jogava Vampiro e similares era um verdadeiro ator, quem jogava GURPS era um fanático por regras e assim por diante. Claro que isso não passava de uma grande besteira, já que quem faz a campanha são os jogadores e o Narrador e não as regras, mas mesmo assim, era a mentalidade predominante na época. Contudo, tudo isso mudou com o advento da 3ª edição de Dungeons & Dragons e seu poderoso Sistema D20, tido como o Windows do RPG.
Como a grande maioria dos jogadores agora jogava D20, as disputas e subdivisões foram deixadas um pouco de lado e cada um se divertia a sua maneira. Porém a nova edição de D&D trouxe uma nova espécie de jogador que simplesmente tomou conta de todos os fóruns, comunidades e grupos de jogos. Sim, caro amigo, falo dos temíveis Builders."
ORIGEM
"Se em AD&D os jogadores tinham poucas opções para diversificar seus personagens através das regras, na 3ª edição tudo isso mudou drasticamente. Antes, dois guerreiros humanos de 1° nível seriam praticamente iguais do ponto de vista das regras, ou pelo menos a partir das regras básicas, sem contar com Especializações, Perícias com Armas, Estilos de Combate e Etc.
Já na 3ª edição, a coisa mudava muito de figura, principalmente devido aos Talentos. Com essa nova regras, era possível personalizar muito mais o seu personagem, gerando combos que tornavam os personagens bem mais poderosos que seus antecessores da 2ª edição. Os dois guerreiros do exemplo anterior podem ser ótimos usando espadas longas, mas o primeiro pode ser do tipo que se preocupa em causar grandes estragos sem se preocupar com a mira (Ataque Poderoso), enquanto o outro prefere se ater a um estilo de combate mais defensivo (Esquiva).
Como os Talentos são adquiridos por nível, sempre religiosamente da mesma maneira (ou seja, um a cada Três níveis, mais os adicionais por raça, classe, etc.), nada mais óbvio do que escolher quais os Talentos se enquadram melhor na concepção do personagem e quando forem alcançados os níveis mais altos, somente colher os benefícios dos Talentos pré-escolhidos.
O primeiro guerreiro dos exemplos anteriores é do tipo que prefere "varrer" o campo de batalha com sua espada, por isso certamente irá escolher um Trespassar ou algo do tipo, enquanto o segundo guerreiro futuramente preferirá os benefícios da Mobilidade. A esse ato de pré-selecionar os Talentos antes mesmo de se alcançar o nível necessário para se usufruir seus benefícios deu-se o nome de "Build"."
BUILDS VS ROLEPLAY
"O grande problema desse tipo de "plano de previdência " do D&D 3ª edição é que hoje em dia vemos milhares de Builds assolando o mundo do RPG. Entre em qualquer comunidade no orkut relacionada a D&D e veja quantos tópicos existem com títulos como "Build de Guerreiro", "Build de Ladino com infinitos Ataques Furtivos", "Mago Ofensivo", entre outras.
Geralmente tais jogadores fazem essa construção antes mesmo de criar a personalidade do personagem, mas... não era pra ser um jogo de interpretação? Sim, é divertido ser poderoso, eu e o meu Vampiro Feiticeiro que o digam, mas será que realmente é o mais importante no jogo?
Vamos a uma situação hipotética: Você vai entrar em uma campanha de D&D e decide fazer um Ranger arqueiro e escolhe todos os talentos com arco que pode pegar logo de cara e ainda faz uma listinha com os talentos que vai escolher nos próximos níveis, então, Narrador permite que você escolha aquele Talento fodão pra atirar com doze flechas ao mesmo tempo, que está no livro tal, página tal (tá, eu viajei, mas isso é uma hipótese). Contudo, oh, vida cruel! Você só estará apto a receber seus benefícios no próximo nível e ainda falta muito XP.
Ora, um Builder que se preza sabe ser paciente e previdente. Mas então, nosso amigo Ranger, por infortúnio do destino (leia-se sacanagem do Narrador), acaba ficando perdido numa ilha escondida no * do mundo, sem o seu precioso arco. Lá as únicas coisas que você consegue achar como armas são pedras e galhos de árvore. Os galhos até dariam boas flechas, mas não há nem um reles cipó forte o suficiente para vergar um arco, portanto você só as poderá usar como clava e olhe lá. Após ficar dias, semanas e talvez meses perdido na ilha enfrentando os monstros que lá habitam enquanto procura um meio de sobreviver, nosso amigo Ranger acaba se tornando um exímio "claveiro" (e se essa palavra não existia acabei de inventá-la). Nesse meio tempo ele adquiriu XP suficiente para passar de nível e analisado sua preciosa Build ele vê que pode finalmente disparar sua tempestade de flechas, mas... peraí!
O cara passou meses lutando somente com uma clava, sem nem poder ver um arco e flechas pela frente! Será que faz sentido que ele tenha aprimorado sua capacidade em arquearia? Ele passou esse tempo todo usando uma arma em que basta somente a força bruta, portanto um Ataque Poderoso seria muito mais adequado. Pois é, a nossa Build de Ranger arqueiro foi pro Spelljammer... Maldito Role play! O que? O jogo é Role play Game? Ehnhh... então percebemos que há algo errado aí em cima, não?"
Geralmente tais jogadores fazem essa construção antes mesmo de criar a personalidade do personagem, mas... não era pra ser um jogo de interpretação? Sim, é divertido ser poderoso, eu e o meu Vampiro Feiticeiro que o digam, mas será que realmente é o mais importante no jogo?
Vamos a uma situação hipotética: Você vai entrar em uma campanha de D&D e decide fazer um Ranger arqueiro e escolhe todos os talentos com arco que pode pegar logo de cara e ainda faz uma listinha com os talentos que vai escolher nos próximos níveis, então, Narrador permite que você escolha aquele Talento fodão pra atirar com doze flechas ao mesmo tempo, que está no livro tal, página tal (tá, eu viajei, mas isso é uma hipótese). Contudo, oh, vida cruel! Você só estará apto a receber seus benefícios no próximo nível e ainda falta muito XP.
Ora, um Builder que se preza sabe ser paciente e previdente. Mas então, nosso amigo Ranger, por infortúnio do destino (leia-se sacanagem do Narrador), acaba ficando perdido numa ilha escondida no * do mundo, sem o seu precioso arco. Lá as únicas coisas que você consegue achar como armas são pedras e galhos de árvore. Os galhos até dariam boas flechas, mas não há nem um reles cipó forte o suficiente para vergar um arco, portanto você só as poderá usar como clava e olhe lá. Após ficar dias, semanas e talvez meses perdido na ilha enfrentando os monstros que lá habitam enquanto procura um meio de sobreviver, nosso amigo Ranger acaba se tornando um exímio "claveiro" (e se essa palavra não existia acabei de inventá-la). Nesse meio tempo ele adquiriu XP suficiente para passar de nível e analisado sua preciosa Build ele vê que pode finalmente disparar sua tempestade de flechas, mas... peraí!
O cara passou meses lutando somente com uma clava, sem nem poder ver um arco e flechas pela frente! Será que faz sentido que ele tenha aprimorado sua capacidade em arquearia? Ele passou esse tempo todo usando uma arma em que basta somente a força bruta, portanto um Ataque Poderoso seria muito mais adequado. Pois é, a nossa Build de Ranger arqueiro foi pro Spelljammer... Maldito Role play! O que? O jogo é Role play Game? Ehnhh... então percebemos que há algo errado aí em cima, não?"
COMO SOLUCIONAR O PROBLEMA?
"Bem, não chega a ser exatamente um problema. Na verdade isso parece exatamente o tipo de coisa que acontecia na seção de cartas da falecida Dragão Brasil, onde os leitores faziam malabarismo com números com seus personagens de 3D&T a fim de ver quem fazia a ficha mais apelona. A diferença é que no D&D existe a finesse de se fazer uma coisa progressiva.
A Build pode até não começar poderosa, mas o jogador Builder tem a confortável certeza de torná-la poderosa em pouco tempo (a não ser que seu Narrador seja um Tio Patinhas com o XP). O fato é que, como foi didaticamente explicado no exemplo anterior, as Builds não são infalíveis se formos analisar as coisas no ponto de vista das histórias e, acredite, depois que a sua ficha está pronta, muita coisa pode mudar.
Meu poderosíssimo Vampiro Feiticeiro citado anteriormente (que não podia tomar banho mas tinha ND24) começou como um Feiticeiro Humano mixuruca, eu nem mesmo tinha pretensões de alcançar níveis altos com ele, mas de repente ele acabou se tornando um Vampiro durante o jogo e sua vida (ou pós-vida) mudou completamente. Não havia pré-determinação que pudesse prever que o Narrador faria o PdM Vampiro me transformar com a intenção de matar os outros personagens (o que, obviamente, não aconteceu).
Se você se diverte criando combos absurdos com Talentos, faça-o, afinal RPG é diversão, mas ao invés de fazer somente isso por que você não cria um Background emocionante antes mesmo de fazer a ficha? Em AD&D lembro-me de ter criado um personagem Bárbaro usando o Kit publicado na Dragão Brasil #36. Nessa versão os Bárbaros nunca poderiam usar armas de metal. Então ao invés de sair rolando os dados e pronto eu antes fiz uma história para o personagem e como fruto do meu esforço eu fui presenteado com uma Espada Bastarda, ignorando a limitação da regra.
O Background e o Role play superaram as limitações dos regulamentos, assim como qualquer Build. É claro que isso não acontece em todos os casos, senão todo mundo usaria sua imaginação (afinal, jogadores de RPG DEVEM ser pessoas criativas) para criar explicações absurdas para criar Paladinos cruéis, Magos espadachins, Halflings gigantes e etc., mas será que não vale a pena se esforçar só um pouquinho para criar algo que vá além de uma sequência de Talentos bem escolhidos?"
Esse foi o post escrito pelo leitor Oráculo, abaixo segue o "background" dele:
* O seu nome real: Ygor da Silva Vieira
* O seu apelido (se tiver um): Oráculo
* A sua idade: 22 anos
* Sistema que mais gosta de jogar: Lobisomem: O Apocalipse e AD&D
* Há quanto tempo joga RPG: jogar a sério mesmo... desde 2001. Mas conheço RPG desde 1995!
Bom galera, então é isso! Viu como ninguém morre
Quem quiser escrever para o Post do Leitor deve acessar esse link e ler o que é necessário para participar.
Grande abraço a todos e aguardo mais leitores para participar do Post do Leitor.
Ps: Para aqueles que não entenderam o porque de uma foto de uma construção, o Oráculo me pediu para explicar para os mais desligados, que como o post dele tem haver com contrução de personagens (os chamados jogadores Builders), a palavra "Build" significa "Construção" .
Muito bom o seu texto Oráculo... mas porra... um personagem de ND 24?
ResponderExcluirCaraio, há quanto tempo jogas com esse personagem?
Grande abraço e obrigado pela contribuíção.
Muito legal o post Oráculo... sem esquecer de dizer que também é interessante.
ResponderExcluirGosto de RPG, conheço desde 95 (comecei com a caixa da Grow e tenho ela bem guadada até hj), mas jogar sério, faz pouco tempo.
Por isso conheço pouco da história... com o texto acima, aprendi mais um pouco.
Obrigado por gostarem do texto.
ResponderExcluirIsso é algo que me incomoda desde que o D&D 3ª edição alcançou popularidade. Pode entrar em qualquer comunidade, fórum ou o cacete relacionado a D&D e tem lá disputas pra quem faz a melhor build. Em AD&D não tinha isso porque as coisas mais importantes na ficha eram sorteadas no dado e o resto (ou seja, o que realmente importa) era definido pela interpretação.
Não estou exaltando o AD&D. Era um sistema bem falho (um guerreiro de 13° nível pode cair de qualquer altura e sobreviver!), mas com a chegada das novas edições parece que regredimos ao tempo em que o jogo se dividia em duas etapas: a da jornada nas masmorras e a parte que todo mundo pula pra ir logo pra próxima masmorra.
PS.: Mitrael Trimegistus, o Vampiro Feiticeiro (que também tinha um nível de Clérigo) foi o meu personagem durante dois anos seguidos jogando praticamente todo fim de semana. O nível dele mesmo não era isso tudo, mas como Vampiro tem ajuste no ND ele ficou bem apelão.
Parte da jornada dele e dos outros personagens do meu ex-grupo de jogo podem ser acompanhadas nos contos do meu blog.
Legal....parabéns pelo tópico! Nada melhor mesmo do que a criatividade (ou magia!) para explicar algo inexplicável!É certo que a prudência vença as regras sempre! Pelo menos é assim que funciona nas minhas mesas de jogo! E Parabéns tbm por seu Ranger com 12 ataques repetidos com Clava! :p
ResponderExcluirParabéns pelo tópico, foi altamente bem produzido!
ResponderExcluirEu sou um pouquinho diferente de você em 1 detalhe, eu EXALTO AD&D sim!!!
Eu jogo RPG e não video-game!!! A interpretação foi morrendo na 3ª ed. e agora acho que vai morrer de vez na 4ª (acho, porque ainda não li nada sobre... por medo talvez... rsrsrs).
Atualmente aqui em nossa mesa demos um tempo de AD&D e estamos jogando vampiro, mas sinceramente, já não tô mais aguentando... os jogadores tramam contra os jogadores... absurdo... rsrsrsrsrs
Bom... é isso!!!
Grande abraço a todos!!!
E mais uma vez, PARABÉNS Oráculo!!!
Gaijin
Bom post.
ResponderExcluirMas quem disse q o D&D 3ª edição acabou com o role-play???? Na minha mesa isso continua... o que acaba com o role-play são os jogadores... com o sistema de D&D é possivel manter a interpretação.
Assim como o seu vampiro, tive um personagem que não vislumbrava um futuro brilhante, mas era de uma terra erma e distante, chamada Midgard. Sua cultura era diferente da cultura do norte de Faerûn, e como o tempo ele foi espalhando a palavra de Odin, Thor e Hermod (sua divindade principal)... só não tornou o norte de Faerûn em um lugar onde os deuses Asgardianos eram louvados pq morreu em uma aventura... triste isso... =~(
Bom.. uma coisa foi dita aí pelo Lorão que é verdade.. jogar D&D3ªediçao nao significa que nao existe role-play. Mas uma coisa é certa: Nós que tivemos a sorte de vivenciar o auge do AD&D sabemos o que é interpretar um personagem. Mas quem conheceu logo de cara a 3ªed e nunca jogou rpg com ninguém que manja realmente o que é role-play, está simplesmente jogando qualquer outra coisa..menos RPG!
ResponderExcluirEu não sou totalmente contra a 3ª e 4ª edição...mas coisas ridiculas como ser capaz de atirar 4083084024 flechas por segundo, cair de 34048230840242 metros perdendo 1/2 ponto de vida, matar o Tarrasque num unico golpe de faca, entre outras bizarrices não dá né?
então peço encarecidamente aos nossos queridos Mestres que tenham bom senso e que haja mais realismo nas campanhas e não permitam que seus jogadores queiram transformar os personagens em mangás capazes de criar combos medonhos que estão mais pra Cavaleiros do Zodiaco(puta desenho forçado).
Na verdade as campanhas com mais roleplay que eu joguei foram em D&D 3ª edição (e depois 3,5).
ResponderExcluirNa época do AD&D a amioria dos jogadores do meu grupo (inclusive eu) ainda estava aprendendo a jogar, por isso dava-se mais atenção aos combates e conquista de tesouros, mas com o tempo todos foram evoluindo.
A campanha em que joguei como Mitrael foi a melhor campanha de RPG que jáparticipei, e olha que na época eu não era tão fã de D&D assim.
Infelizmente, como eu disse no texto, com as novas regras alguns jogadores acabaram mudando a sua perspectiva para algo mais voltado À regulamentos. Mas o fato é que de todos os personagens que conheci, aqueles cujas fichas foram feitas antes de se pensar na história do personagem não duraram mais do que algumas sessões de jogo, enquanto aqueles com histórias mesmo que simples acabaram tornando-se lendas.
Pow... Um colega meu (jogador de 3.5) falou que tem um combo pra guerreiro que possibilita o mesmo a tirar mais de 200 de dano com um único golpe... como um cara consegue 200 de dano com uma arma de 1d8... é fora dos padrões da imaginação... rsrsrsrsrsrs
ResponderExcluirOs combos conseguiram destruir até o The King of Fighters... que era excelente até o 98... rsrsrsrsrsrs
Grande abraço a todos!!!
AD&D Rules!!!
Gaijin
muito bom o post....
ResponderExcluirmas cara eu so jogo RPG a uns dois meses e me divirto muito mais criando a história do meu Bárbaro do que entrando em fúria e matando todo mundo!!
Otimo post...parabéns Óraculo.
ResponderExcluirConcordo plenamente com tudo que foi dito.
A diferencia do RPG para o Video Game e a interpretação sem ela tudo se tornar primitivo e sem graça.
Os Builders são jogadores de video game e não rpgistas.
Vlw
oh..vamos ver...Isso de ir se preparando só poderia existir em sistemas que permitem isso. O saudoso GURPS era algo assim. Podia-se guardar pontos para comprar aquela vantagem ou melhorar ao extremo aquela perícia. Já em AD&D (suspiro saudoso), Merps e outros, não haviam isso, então o jogador focava a sua mente em objetivos da estória e não das regras (lembrem-se que em AD&D havia limite de nível para rolar dado de vida).
ResponderExcluirO fascínio do RPG tem que ser capaz de deixar o jogador saber as capacidades do seu personagem sem atrapalhar a interação com o ambiente de jogo.
No final é uma grande verdade que o que importa são os jogadores e não o sistema, mas que um sistema que prega que "saber as melhores combinações = personagem mais forte" contribui apenas para essa onda de RPG de mesa que fica tentando parecer com WOW.
Abraços
kenku
Aqui em nossa mesa de AD&D, todos temos esse espírito de jogo, voltado a estória de cada PJ e tal. Tem um amigo nosso que começou a jogar conosco a pouco tempo, era jogador de WoW...
ResponderExcluirÉ engraçado, pois ele fez um paladino, e toda hora questionava sobre magias, queria armas poderosas e coisas do gênero... rsrsrsrsrs
Nós estamos sempre tentando explicar, mas acaba em muitas risadas, pois ele mesmo adimite ser overpower...
Mas ele é um cara tranquilo... logo vai enxergar... rsrsrsrsrs
Grande abraço a todos!!!
Gaijin
Gostei do texto Oráculo, sei e concordo com muitas coisas q foram ditas ae, como: q quem faz o jogo sãos os jogadores e q os sistemas são para orintar.
ResponderExcluirMas uma coisas eu discordo d algumas pessoas, jogo RPG desde 2000 e já joguei quase tudo q é sistema, a interpretação independe do sistema e não existe isso de um ser mais fácil q o outro, pq se em D&D3 vc não quiser dar seus 12 ataques e ao invés disso vc optar por dar apenas um e depois começar a querer intimar o cara, isso é possível, ou seja o sistema te da a opçao do q vc quer fazer, nos outros vc interpreta pq vc naun tem opçoes as vezes para lutar sabendo q ira morrer (experiencia propria), um cara ao encima vlw de perda de realidade por um personagem ser muito forte, primeiro estamos jogando RPG, um jogo fantasioso, e o que ele acha q um DEUS em qualquer sistema pode causar de dano? existem personagens fortes em todos os sistemas e isso é tratado como os detentores de proezas épicas, mas se esse personagem vai ou não ter um background ai depende do jogado, pq ele pode ter uma história muito bacana se quiser. Outra coisa importante, meu personagem preferido, comecei ele fazendo uma build e nem esperava q ele chegasse longe, ai conforme fui jogando com ele fui criando a sua história e ele hj é muito conhecido por suas façanhas e seu background cheio de mistérios que nem o próprio personagem sabe responder, pois com ele eu não saiu procurando brigas apenas por XP e sim tentando buscar as respostas q nao tenho sobre o passado dele, deixando assim a aventura muito mais interessante. Então só quero dizer q os novos sistemas não são bloqueios de interpretação, eles apenas dão a opção de se interpretar e ser muito mais que um humano comum. Não estou querendo dizer em nenhuma hipótese que tal sistema é melhor q outro apenas estou defendendo q interpretação independe de sistemas.
Agradeço o espaço e gostei muito da discussão aqui vigente
Muito bom galera!
ResponderExcluirEstou gostando muito do Post do Leitor!
Estou lendo muitas críticas construtivas feitas por todos vocês!
Espero que participem dos demais Post do Leitor.
Até logo.
Não poste texto inteiro em itálico, por favor.
ResponderExcluirFica chatíssimo de ler.
Se precisa diferenciar o texto que é de outra pessoa, use cor.
mas, na real, é só ter o título no início e a assinatura no fim q já dá pra saber.
heheh...Isso aqui tá parecendo conversa de fórum já...
ResponderExcluirBom, antes de mais nada, temos que ver que já tem muita gente mudando o assunto aqui. A conversa de "sistema X é melhor que sistema Y" é algo já ultrapassado, visto que isso é meramente questão de gosto.
O assunto é sobre jogadores que fazem "planejamento de benefícios" antes da aventura começar e se isso estraga ou não o roleplaying.
Eu acredito que é bom um jogador planejar os seus objetivos de acordo com o ambiente e histórico do personagem. Se juntar isso aos benefícios do sistema usado, ótimo, mas não é necessário de maneira alguma, pois um bom mestre de jogo saberá "moldar" a estória para que, mesmo que lentamente, todos os objetivos sejam parcial ou totalmente atingidos.
Uma coisa que se pode dizer é que há sistemas que lhe dão um "cardápio" de opções para compras de melhorias futuras e outras não (deixando isso para a criatividade do eixo jogador/mestre, mas não eliminando a possibilidade). No sistema de cardápio, o jogador simplesmente não precisa criar nada, está tudo alí, bastando ele escolher o que quer (e ver se o mestre aprova). NO outro ele tem que parar para pensar no que quer e "criar" a sua capacidade, construindo isso junto com o mestre, mas ambos são "builds".
O roleplaying não é prejudicado se tudo for feito em concordância com a pessoa que elaborou o ambiente.
Abraços
Kenku
Boa tarde a todos.
ResponderExcluirPrimeiramente agradeço aos comentários ao meu texto.
E quero novamente salientar que a crítica é direcionada àqueles que fazema build e a ficha sem nem ao menos dar uma personalidade ao dito cujo. Entre em qualquer comunidade do orkut relacionada a D&D e você terá inúmeras "fórmulas mágicas" de como fazer ótimas fichas, mas raramente essas builds vem com a história desses personagens.
Se você criou um ranger que atira flechas como uma metralhadora, um monge que derruba montanhas com um peteleco ou um bárbaro capaz de usar uma sequóia gigantecomo clava, parabéns, mas será que esse personagem tem uma personalidade marcante? Será que será um nome a ser lembrado nas cenas em que NÃO ouverem combate? ou será que será apenas conhecido como um amontoado de números sem personalidade?
É claro que a esmagadora maioria dos leitores deste blog sabe essa diferença, mas para aqueles 0,0000000000000000001% que ainda pensam puramente nos números devemos lembrar que se trata de RPG e não Warcraft.
estou atrasado na postagem, mas citando o autor do post, em seu proprio comentário:
ResponderExcluir"Não estou exaltando o AD&D. Era um sistema bem falho (um guerreiro de 13° nível pode cair de qualquer altura e sobreviver!),"
Isso não é verdade. Pode não ser o caso dele, mas era o tipo de coisa que a dragão brasil escrevia e muitos tomavam como verdade (assim como eu mesmo ja o fiz).
Nas regras do livro, está claro que situações como essa são como uma faca no pescoço em alguem dormindo: morte instantânea.
Acho que este tipo de regra (a do "bom senso") deveria estar presente em mais páginas, como em edições passadas, ou até mesmo num quadro vermelho, ou rosa pink berrante, para que as pessoas se toquem de que não existe esse absurdo de "cai 3876389479 metros e nao morreu" nas regras.
Hummm... essas discussões sobre sistemas são sempre problemáticas.
ResponderExcluirObviamente o bom senso sempre deve imperar na mesa de jogo, mas existem algumas coisas a serem consideradas:
AD&D é um jogo antigo (final da década de 80), por isso ainda tinha profunda relação com os wargames e jogos de estratégia. Isso fazia parte da mentalidade dos jogadores na época. Neste caso, falo dos jogadores norte americanos, pois no Brasil sempre se deu preferência mais às descrições e ao bom senso do que às regras.
É claro que se o sujeito cai de 30x10²°, ele VAI morrer, qualquer um chega a essa conclusão sem usar regra alguma. Contudo, na mentalidade dos autores e jogadores daquela época, havia a necessidade de se detalhar o máximo de situações possíveis, o que acabava gerando absurdos como esse.
Um grande exemplo disso é o sistema GURPS que é totalmente simples, mas que na tentativa de se tentar cobrir o máximo de situações possíveis, tornou-se o pesadelo de muitos jogadores.
Em todas as crônicas que eu narro, independente dos sistema, uso muito mais o bom senso e a Regra de Ouro como base, deixando as regras apenas para decidir as situações mais cabeludas. Atualmente estou usando AD&D e as coisas estão andando incrivelmente bem, com rolagens de dados apenas nos combates e em situações especiais como armadilhas e etc. O resto o Roleplay decide.
"Contudo, na mentalidade dos autores e jogadores daquela época, havia a necessidade de se detalhar o máximo de situações possíveis, o que acabava gerando absurdos como esse."
ResponderExcluirNão entendi como isso gera o efeito "queda gigante em q nao se morre".
Ontem estava discutindo com um amigo como este exemplo, que fora amplamente divulgado pela Dragão Brasil em ediçoes antigas, é algo que esta fixo na cabeça de muitos jogadores (ja esteve na minha).
O curioso é que pessoas que nao se conhecem tem o mesmo exemplo, apesar de ja ter sido comprovado que é um exemplo falho, pois a regra contraria ele.
Seria um tipo de lavagem cerebral que a DB fez em nossa juventude?
haha!!
ResponderExcluirsempra a interpretação é o que vale! ( na minha opinião!) por que tem vezes que as batalhas são muito sem graça. E é bem mais legal quando um barbaro caga na beira de uma janela e isso faz com que três reinos entrem em guerra!
hahhaa até hoje me cago de ri imaginando a cena!
=D