quinta-feira, 22 de julho de 2010

[Diário de Campanha] - AD&D by Dragão Banguela - capítulos 4, 5 e 6

Saudações meu povo!

Como vocês bem sabem, eu estou narrando duas mesas de AD&D através do programa RRPG para os jogadores/leitores do Dragão Banguela.

A proposta era, além dos jogos, que houvessem Diários de Campanha, mas eu me enrolei mais do que papel higiênico e só publiquei três capítulos, sendo que já tivemos quase dez sessões de jogo!

Por isso, desta vez eu vou fazer uma mega atualização, com mais três capítulos, para manter um ritmo mais acelerado até que eu consiga acompanhar o passo das mesas. Lembrando que quem possui conta no orkut pode acompanhar o resumo das sessões lá na comunidade do Dragão Banguela.

Mas se você não está nem aí para estas sessões de jogo deve se perguntar, porque eu deveri a perder emu tempo com isso? Ora, meu caro gafanhoto! As motivações de um mago são misteriosas para os pobres mortais com Inteligência menor que 18, por isso, tudo o que posso dizer é que esta mesa de RPG virtual garantirá novidades interessantíssimas mesmo para quem não está jogando ou não curte esta modalidade de jogo.

Aguradem novidades! Enquanto isso sentem o popozão na cadeirae uma boa leitura...

...

Cada capítulo representa uma sessão de jogo. As falas foram editadas para corrigir os erros de digitação típicos da internet.

Não existem menções às regras do jogo, mas em algumas situações é fácil descobrir quando alguém tirou 1 no dado de ataque.

No final do artigo há um mapa mostrando todas as salas exploradas pelos aventureiros neste andar, até o momento em que o Diário terminou.


Capítulo Quatro: Odores na Noite

Após o combate com os enormes besouros luminosos, nossos aventureiros decidiram investigar mais à fundo a pirâmide no deserto.

Kenay usou de suas habilidades para procurar armadilhas em uma das portas. Após constatar que era seguro ele abriu-a e viu-se em um corredor não muito longo que terminava em uma bifurcação em "T". A cada lado do corredor uma porta.

Resolveram investigar a porta da direita, onde havia um símbolo de uma balança. Ao abrir cuidadosamente a porta constataram que tratava-se de uma espécie de dormitório abandonado, com uma cama, um baú, uma escrivaninha e um símbolo de madeira preso a uma das paredes, representando a mesma balança que havia na porta.

Nesse meio tempo, Ark dos Quatro Ventos resolvera comer um dos ovos que trazia consigo. Este era o alimento favorito do jovem druida, o problema é que após tantos dias de viagem pelo deserto, os ovos já não tinham mais a mesma qualidade. Além disso, o druida era acometido de um mal sempre que comia ovos. Um mal gasoso... e inapropriado para o momento na pirâmide!

Bem no momento em que os jovens e perdidos aventureiros investigavam aquela sala vazia, Ark fora acometido deste inconveniente e sonoro efeito colaretal, o que causara um enorme susto nos demais aventureiros, que sacaram suas armas pensando se tratar de algum inimigo.

Fora esse pequeno inconveniente, Albernaizzer encontrara uma folha muito velha de pergaminho, onde mal conseguia-se reconhecer alguma coisa. Ele conseguira compreender duas letras usadas em escritas arcanas, as letras "Cyn" e "Zar", o que na verdade não trazia conclusão alguma, já que a escrita arcana, muitas vezes não tinha significados compreensíveis.

Tentaram investigar a outra sala, onde pela brecha da porta Kenay observou um cadáver humano sendo devorado por uma espécie de lagartixa gigante. O pobre infeliz vestia uma túnica e seu rosto era coberto por uma máscara em formato de pássaro e com adornos dourados.

Ark dos Quatro Ventos tentou convocar seu poder sobre as feras para amansar a criatura e talvez torná-la aliada:

Ark: Torne-se meu aliado, e seremos mais fortes juntos!

Mas tudo o que conseguira foi chamar a atenção do animal, que antes devorava o braço do cadáver destraídamente.

Albernaizzer: Pau nele, Kerec!

Kerec: Avante!

O guerreiro de espada em punho avançou investindo sobre a criatura, Minato, o sacerdote do Deus da Guerra o segue. Contudo, eles não contavam com que a couraça do animal fosse tão espessa a ponto de deter os golpes da espada e da maça dos aventureiros.

Mais inesperado ainda fora a investida de uma outra criatura semelhante que estava de tocaia no teto da sala e não fora avistada pelos aventureiros. O ser mordeu com força o ombro de Kerec, fazendo o sangue rubro verter.

Puseram-se então a combater as criaturas. Albernaizzer, apreensivo com o combate inesperado acabou errando a medida do giro com a funda e acabou lançando uma pedra na testa de Ark. Kenay partiu para o combate com seu arco e flechas enquanto Ark usava sua cimitarra.

Minato, preocupado com o sangramento constante de Kerec convocou o poder de Tempus para curá-lo, afim de que continuasse em condições de combate.

Kerec, empolgado com o calor do combate acabou atingindo a barriga do pobre cadáver.

Kenay: Este já esta morto, Kerec!

Talvez por parecerem os mais ameaçadores, as criaturas focavam seus ataques em Kerec e Minato que receberam algumas mordidas bem dolorosas.

Minato: ANIMAL IMUNDO, VOU DEMOSTRAR A FURIA DE TEMPUS EM SUA CARCAÇA!

Curiosamente, após o incidente com a funda, Albernaizzer compensou a falha atingindo os lagartos com precisão tremenda, enquanto os mais fortes do grupo não conseguiam atingí-los com eficácia.

Após derrotarem os animais monstruosos os aventureiros passaram a investigar a sala. Kenay guardou a máscara consigo, enquanto os demais avaliavam os danos causados pelo combate.

A sala era muito semelhante à anterior, por isso resolveram que seria uma boa ideia descansar ali e usar a carne das riaturas como alimento.

Ark dos Quatro Ventos usou seus dons druidicos para separar da carne das criaturas tudo o que havia de podre, fazendo-na comestível. Os aventureiros usaram pedaços de madeira da cama e da escrivaninha para acenderem uma pequena fogueira, capaz de assar a carne das criaturas.

Após esse estranha refeirção puseram-se a descansar, sempre mantendo um aventureiro acordado para vigiar o sono dos demais.

Albernaizzer ficou com o último turno de guarda para poder estudar seu Grimoire ao despertar, mas ao acabar de ler as complexas fórmular arcanas e armazenar suas energias místicas em sua mente, ele ouviu o som de passos vindos do corredor. Teriam sido eles descobertos por mais inimigos?



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Capítulo Cinco: A Irmandade de Gorm

Não fora uma noite de sono agradável. A sala era preenchida pelos odores da morte e dos gases do druida Ark dos Quatro Ventos. Ainda assim hvia sido a melhor noite de repouso desde a saída de Zeltannia.

Albernaizzer acordara todos os demais ao ouvir o som de passos que se tornava cada vez mais distante. Os aventureiros s prepararam o mais rápido possível e foram procurar a origem do som.

Kenay novamente fora como batedor e os aventureiros seguiram até a bifurcação em T, pegando o caminho à direita. Avistaram um corredor iluminado com tochas presas à parede. Na parede à direita haviam duas portas uma ao lado da outra e no fim do corredor uma estátua dourada com a mesma forma do homem barbudo que havia no topo da pirâmide.

Kenay colou o ouvido na porta mais próxima e pôs-se a ouvir qualquer ruído, imaginando que os donos dos passos ouvidos pelo mago tivesse entrado ali.

Kenay (sussurrando): Façam silêncio!

Em uma espécie de língua comum muito antiga, Kenay conseguiu distinguir apenas palavras como "Mestre", "infiéis" e "irmandade".

Kenay (sussurrando): Falam comum, mas tem palavras estranhas, não entendi direito... Algo sobre "Mestre"... "infieis"... "Irmandade".

Kerec: (sussurrando): huum... Eles podem ser nossas únicas fontes de informaçao sobre esse local.

Minato (sussurrando): O que faremos? Tentaremos dominar eles ou verificamos a próxima sala?

Kerec (sussurrando): Acho que devemos abordá-los.

Albernaizzer (sussurrando): Podem ser membros de algum culto...

Kenay: Vamos tentar o diálogo diplomatico, para conseguir informações... Qualquer coisa entramos no combate.

Ark (sussurrando): Mantenham-se atentos, não sabemos se podemos confiar neles.

Minato (sussurrando): Tem razão, podemos fazer deste modo, mas quem irá tentar conversar?

Albernaizzer (sussurrando): Eu voto no clerigo. Se não der certo deixe que a espada de Kerec fale pela gente.

Ark (sussurrando): Devemos subjuga-los e depois perguntar, se querem a minha opinião...

Kerec (sussurrando): Façamos o seguinte. Vocês fiquem proximos da porta, eu e Minato iremos e tentaremos o contato. Qualquer coisa vocês avançam.

Albernaizzer (sussurrando): Vamos então.

Minato (sussurrando): Batemos na porta ou entramos de uma vez?

Kerec (sussurrando): Batemos. Você bate.

Albernaizzer (sussurrando): ora... E o que diremos? Olá?!

Após um par de batidas secas na porta, os aventureiros foram recepcionados por um homem vestindo uma túnica azul. Seu rosto é coberto por uma máscara com o rosto de um homem barbudo, com longos cabelos e olhar severo. Presa em sua cintura, uma espada longa.

Mascarado: O que desejam, forasteiros?

Olhando por sobre os ombros dele os aventureiros avistam mais quatro homens vestidos da mesma maneira.

Minato: Nós nos perdemos no deserto e acabamos vindo parar aqui, não é nosso desejo lutar ou fazer mal algum, somos apenas um grupo de viajantes perdidos. Poderia nos ajudar?

Albernaizzer: Estamos procurando dois dos nossos que se perderam na tempestade.

Mascarado: E porque viajantes andariam com tais armamentos? Que estranhos ventos os trazem aqui?

Kerec: A viagem pelo deserto é muito perigosa, precisamos nos defender.

Albernaizzer: Estranhos ventos... Como você disse. Fomos pegos por uma estranha tempestade de areia e viemos parar aqui por acidente.

Minato: Cada um de nós tem uma missão, e essas missões acabaram nos unindo nessa viagem.

Mascarado: Certo, forasteiros. Adentrai e façamos as devidas apresentações.

O homem os guia para dentro da sala e os aventureiros guardam suas armas.

A porta por onde eles entram é próxima a uma parede à esquerda. Na outra extremidade da sala, em frente a porta por onde entraram havia outra porta e do lado esquerdo também havia uma porta, próximo à do outro lado. No lado direito da sala, proximo à parede existem três beliches.

Mascarado: Então, quer dizer que vocês se perderam no deserto?

Minato: Permita que eu me apresente, meu nome é Minato Ironwill, um servo dos Deuses.

Kenay: Com sua licença senhores, sou Kenay um artista das Regiões Conhecidas.

Ark: Ark dos Quatro Ventos, Druida da tribo dos Garras de Ventania, Guardiões da floresta dos Quatro Ventos.

Mascarado: Deuses? Só há um Deus verdadeiro!

Mascarado 2: Glória ao grande Gorm!

Ao dizer essas palavras todos os mascarados levantaram a mão diireita fechada em punho.

Albernaizzer: Meu Nome é Albernaizzer Namarch, de Amn e vocês quem são?

Mascarado: Por acaso sois infieis perante o poder do Grande Gorm?

Ark: Sim e ele representa tudo, o que não é apenas uma coisa. Por isso meu amigo usou o coletivo. Mas ele se referia ao grande Gorm!

Minato: Me perdoem, não soube me expressar... (neste momento Minato começou a duvidar se poderia mentir sobre sua fé).

Ark: Que comanda todas as coisas e tudo o que há!

Mascarado: Somos membros da Irmandade de Gorm. Controlamos esta região.

Ark: Salve o grande Gorm!

Irmão de Gorm (agora não mais um mascarado genérico): Gorm é o portador do Trovão e senhor desta terra!

Ark: Comanda o mais fantástico dos elementos, eu diria!

Kenay: Que Todos Os Mortais Saudem e Celebrem o Grande Gorm irmãos.

Albernaizzer: E esse é seu templo?

Irmão de Gorm: Não... esta pirâmide não é um templo. Nosso templo fica aqui dentro, mas não é o único.

Albernaizzer: Bom, caro Irmão de Gorm, talvez você possa nos ajudar. Estamos procurando dois amigos que se perderam na tempestade.

Irmão de Gorm: Sinto dizer, mas muito pouca coisa sobrevive às tempestades lá em cima. E há tempos nós não vamos lá fora, por isso não sei dizer se alguém passou por aqui.

Kenay: Percebemos... Mas me digam, o povo da cidade. Foram mortos ou abandoram o local?

Irmão de Gorm: Além do mais, nossa cruzada contra os infiéis nos proibe de desviar nossa atenção. Falaste sobre a cidade lá fora, pequenino?

Kenay: Sim, por onde chegamos.

Irmão de Gorm: Infelizmente eu só a vi poucas vezes... Parece que sempre foi daquele jeito... Dizem que os infiéis a destruiram com seus poderes profanos.

Kenay: Entendo, e sabem me dizer se mais alguem andou por essa piramide? Procuramos o guia que nos trouxe até as imediações desta cidade.

Albernaizzer: Infieis você diz... Hum, fale-nos mais sobre eles.

Irmão de Gorm: Tudo o que sabemos sobre este local é nossa missão sagrada de vigiar este setor... Infelizmente existem muitas criaturas hostis. Os infieis professam fés sinistras, estamos em conflito com eles há gerações.

Kerec: Eles também ficam nesta pirâmide?

Ark: O que há além do subterraneo da piramide?

Albernaizzer: Você acha que eles podem ser os responsáveis pela tempestade de areia?

Irmão de Gorm: Ora... parece que vocês são mesmo forasteiros!venham... nosso mestre Kanadius saberá o que fazer com vocês. Ele sabe tudo e vê tudo, graças à visão do Grande Gorm!

Albernaizzer: E onde está seu mestre?

Ark: Leve-nos ao seu mestre, e que o Grande Gorm seja cada vez mais poderoso com o passar dos anos!

Albernaizzer: Agradecemos por toda ajuda que nos puder dar.

Irmão de Gorm: Ele está meditando na sala ao lado, junto com os demais Irmãos. Se ele perceber que não são de fato infiéis ele os convidará a ingressar à Irmandade.

Ark: Provarei que falo a verdade, e que somos fiéis ao grande Gorm!

Irmão de Gorm: Acompanhai-me forasteiros.

Ark (sussurrando para Minato): Vai lembrando do Gorm, ou podemos entrar em uma enrascada maior...

Minato (sussurrando para Ark): Não posso negar minha fé!

O Irmão de Gorm os guia até a outra sala pela porta no lado esquerdo da sala. Lá dentro eles avistam uma sala idêntica à anterior, exceto pelo fato de que ao invés de trÊs beliches haviam apenas dois e entre eles uma cama mais luxuosa. No centro da sala mais seis homens idênticos aos Irmãos de Gorm, exceto por um, mais alto e mais imponente, com uma espécie de elmo emplumado sobre a cabeça.

Irmão de Gorm: Mestre Kanadius, trago forasteiros.

Kanadius: Dizei a que vindes aqui, forasteiros!

Albernaizzer: Saudações... Viemos em paz. Viemos ate aqui nos refugiando de uma grande tepestade, procuramos dois amigos que se perderam.

Kanadius: E como seriam tais amigos?

Os aventureiros descreveram Monseh e Delith.

Kanadius: Se esse guereiro dourado foi, de fato, um grande guerreiro, deve ter sobrevivido à tempestade, mas por aqui não passou ninguém compativel com tais descrições. estamos deveras envolvidos com nossa guerra santa e o reerguimento do Império.

Kerec: huum, e existe mais alguma edificaçao que possa servir de abrigo alem dessa piramide?

Kanadius: Fazem meses que eu não saio deste local. Temos muitos problemas aqui dentro para nos preocuparmos com o deserto lá fora.

Albernaizzer: O que meu amigo quer dizer é se existe outro lugar onde eles possam ter se refugiado.

Kenay: Os Infieis se encontram aqui dentro?

Kanadius: Sim, infelizmente ainda não limpamos completamente este local dos infieis. Eles, que puseram fim ao Império!

Albernaizzer: De que imperio o senhor fala?

Kanadius (estupefato): Ora, o grande Império de Cynidicea! séculos atrás, Cynidicea foi o maior império da região e esta pirâmide foi o centro absoluto do poder. mas os infieis fizeram com que as areias do deserto engolissem nosso império. Tivemos que nos refugiar nos subterrâneos desta pirâmide.

Ark: Esses infiéis... Eram humanos?

Kanadius: Sim... Humanos no corpo, mas demônios na alma! Diziam-se servos dos deuses, mas na verdade serviam a demônios!

Ark: Malditos! Queimem todos com a irá de Gorm!

Minato: Esses infieis diziam seguir que Deus?

Kanadius: Os malditos magos servos de Usamigaras e as cadelas servidoras de Madarua!

Albernaizzer: Usamigaras?

Albernaizzer lembrara-se do grimoire que seu menor Delith buscava. Chamava-se Grimoire de Usamigaras.

Ark: Esses profanadores que usam a magia Arcana...

Albernaizzer: Fale-nos mais sobres esses magos.

Ark: Para que possamos destrui-los!

Kanadius: Sim, Usamigaras é um dos demônios aos quais os infieis servem. Somente Gorm traz a balança da justiça! Se vós jurais fidelidade ao senhor do trovão, instruiremo-nos com toda a felicidade para que se unam a nós na caçada aos infiéis!

Ark: Se você falar mais sobre esse Usamigaras, com a justiça de Gorm, levaremos a destruição para eles!

Albernaizzer: Talves possamos ajudar-los a trazer equilibrio a balança de Gorm.

Ark: Senhor... Do trovão... (Ark lembrara-se da profecia da Voz do Trovão, que regia sua vida).

Kanadius: Exato, Gorm controla o trovão!

Ark: EU JURO FIDELIDADE AO SENHOR DO TROVAO, COM TODAS AS MINHAS FORÇAS! (sussurrando) A voz...

Albernaizzer: Senhor, esses magos podem ser os responsaveis pelo desaparecimento de nossos amigos e a morte dos integrantes de nossa caravana.

Kanadius: Isso seria do feitio dos servos do demonio pueril.

Kenay: Onde achamos os infieis que servem a Usamiragas?

Kanadius: Eles se econdem nos níveis mais baixos desta pirâmide.

Kerec: Escute. Todos nós temos motivos importantes pra nos metermos no meio do deserto. O Ark, por exemplo, saiu nessa jornada para salvar seu povo. Nós podemos ajudá-los, mas não ficaremos aqui. Temos pessoas que dependem do sucesso de nossa missão.

Kanadius: Por acaso, acredita que nós nos importamos com vossas missões quando estamos em uma verdadeira missão de fé?

Minato: Por favor, apenas nos diga onde encontrar esses servos do demônio que levaremos a justiça divina a eles!

Ark: Se nós cumprirmos com a vontade de Gorm, irás nos ajudar a encontrar nossos companheiros?

Albernaizzer: Se houver uma chance de nossos amigos estarem sob o julgo desses magos gostariamos de sua ajuda para irmos em busca deles.

Kanadius: Não há garantia alguma de que eles estão por algum lugar nesta pirâmide.

Kerec: Mas não temos escolha a não ser tentar.

Ark: Quero saber se você me dá sua palavra se irá nos ajudar se acabarmos com os infiéis. Pois se assim o fizer, nenhum deles irá sobreviver quando voltarmos.

Kanadius: Vocês não estão em condições de nos exigir nada.

Albernaizzer: Sim...mas estamos em condição de ajudá-lo na causa de Gorm.

Ark: Mas estaremos se cumprirmos com a vontade de seu Deus, não? Há tempos procuro pelo deus Gorm por que... Eu porto a voz do trovão (Ark mostra a cicatriz no pescoço, sinal da profecia da Voz do Trovão). Isso deveria fazer sentido, para um VERDADEIRO sacerdote de Gorm!

Kanadius: Tens fibra em me desafiar, meu caro. Gorm aprova isto!

Kerec: Escute quanto mais ficamos aqui mais a vitória se distancia de nós e a volta do imprerio de Gorm fica mais distante.

Albernaizzer: Não... Perdoe os modos dele, nobre Kanadius. Ja nos aproveitamos muito de seu tempo.

Kanadius: Todos vocês são convidados a receber a hospitalidade do grande Gorm e professar a verdadeira fé, mas somente três entre vocês se mostram em condições de serem membros plenos da Irmandade! (ele aponta para Kerec, Ark e Minato, talvez por serem os melhores guerreiros do grupo). Os demais mostram-se interessados em ajudar, mas não tem o espírito guerreiro de Gorm. Podem se juntar a nós em nossa guerra santa, mas não receberão nossas máscaras sagradas.

Kerec: Eu já os vi em batalha e testemunho que são tão guerreiros quanto nós. E suas habilidades já se provaram muito úteis.

Kanadius: Não portam armas de verdade.

Ark: Dou minha palavra, com esta garganta que foi salva pela voz do trovão, que meus companheiros são homens de valor e que podem merecer as máscaras sagradas, caro Kanadius!

Kerec: Cara arma tem seu valor nas mãos certas. O que prova se uma arma é ou não boa é a habilidade de quem a empunha.

Kanadius: A doutrina de Gorm é clara como água: "Vertei o sangue de meus inimigos em profusão, pela lâmina que corta e pela fúria esmagadora do trovão!"

Kenay: Deixe-me oferecer uma proposta, nos indique onde achar os infieis de Usamiragas e nós oferecemos nossa ajuda na batalha contra eles. Simples e rapido... Estamos correndo contra o tempo pra acharmos nossos amigos.

Kanadius: Exato, mas eu fiz um convite aos três guerreiros. Desejo saber se eles realmente são dignos de tal oferta. E então, guerreiros, Desejam ser verdadeiros Irmãos de Gorm?

Kenay: Ofereço Nosso melhor combatente para que seja um servo de Gorm, nós outros sairemos honrados se apenas ele for aceito, pois assim tendo um servo de gorm conosco já será o suficiente. Kerec se una aos irmãos.

Kerec: Eu aceito de bom grado.

Ark: Que seja. Façamos o seguinte trato: Acabaremos com os infiéis com toda a nossa força e em troca, peço a ajuda para salvar nossos amigos perdidos.

Minato: Me perdoe, não quero desrespeitar Gorm, mas infelizmente não posso aceitar essa honra.

Kanadius: Porque recusas a oferta de Gorm? Por acaso sois um infiel?

Minato: Sou apenas um servo de Tempus.

Kanadius: O que é Tempus? Outro demônio?

Minato: Não. É um deus. Sigo a mesma doutrina que voces, mas guiado por Tempus.

Albernaizzer: Tempus, nobre Kanadius, um deus de outras regioes...um aliado de Gorm.

Kanadius: Já disse antes, Gorm é absoluto por toda a terra de Cynidicea e além! Qualquer outro falso deus é um demônio, sob os ardis de Usamigaras e Madarua!

Minato: Senhor, em momento algum eu desrespeitei Gorm, peço por favor que haja da mesma maneira.

Kanadius: Eu já disse que não estão em condições de exigir nada!

Minato: Posso te garantir que não sirvo a demonio algum.

Kenay: Tempus é contra Usamiragas e Madarua logo inimigos incomuns os tornam aliados pela batalha.

Kanadius: Os únicos aliados de Gorm são seus Irmãos de Sangue!

Minato: Eu sou um sacerdote, que treinou para levar a justiça a todos aqueles que tem o mal no coração. Perdi minha familia na mão de pessoas más, mas foi Tempus quem me salvou e me deu um motivo para viver!

Kanadius: Não, não é um sacerdote verdadeiro! Não portais a máscara da Irmandade.

Ark: Kanadius, escute a minha Voz! Tempus é um irmão de sangue perdido de Gorm! Por isso meu companheiro o serve pois foi um grande guerreiro!

Minato: Apenas me mostre esses infieis, que provarei a você o quão forte Tempus me transformou e levarie eles pessoalmente a justiça divina!

Kanadius: O simples fato de lutar contra os infieis nada prova, pois os mesmos lutam entre si. Os magos de Usamigaras e as cadelas de Madarua

Minato: Pois trarei a cabeça de cada um deles em nome de Tempus!

Kanadius: Não o fazem verdadeiramente em nome de Gorm. Esse tal Tempus pode muito bem querer ludibriar a verdadeira fé, mas Gorm é um poder da justiça. Por isso faremos algo justo com vocês. Se dizes ser fiel de verdade a sua fé, prove seu valor. Tu, servo de Tempus, contra mim, Grão-Mestre da Irmandade de Gorm!

Minato: Se assim desejais.

Kanadius: No círculo de Batalha!

Os demais membros da Irmandade formam um círculo e fazem a saudação de Gorm com o punho erguido.

Kanadius: As leis do desafio são claras e foram proferidas pelo próprio Gorm na era de ouro: "Lutai até a rendição homem a homem, sem nenhuma ajuda além de sua espada e sua fé!"

Minato: Entendido.

Kanadius: Dizei então vosso nome para que Gorm o guie em paz quando fordes ao outro mundo!

Minato: Sou Minato Ironwill, trago em meu nome a vontade de ferro, e em meus braços a força de Tempus, então se prepare, pois hoje conhecerá seu Deus pessoalmente!

Kanadius: Pois bem, Minato Ironwill. Hoje conhecerás a força de Gorm, que lhe fará renegar o tal Tempus. Conhecerás a verdadeira justiça divina!

Após a conversa inicial, Mianto e Kanadius inciaram seu duelo. A princípio ambos analizam o poder um do outro, mas subitamente o combate irrompe em uma torrente de golpes poderosos de ambos os lados. Kanadius ergue sua espada desenhando um arco no ar. A lâmina atinge uma fenda menos protegida da armadura de Minato causando uma dor lancinante. As blasfêmias proferidas por Kanadius só fizeram aumentar a ira de Minato, que acabou descobrindo que por dentro da tunica havia uma fote cota de malha

Kanadius: Esse é seu melhor, infiel?

Minato: Você não viu nada, meu professor bate melhor que você!

Kanadius tenta um corte lateral, mas por sorte o escudo de Minato consegue bloquear o golpe a tempo, apenas empurrando um pouco o braço do clérigo. Em seguida a maça de Minato golpeia o solo fazendo um clangor pesado errando o inimigo.

Kanadius: Ainda há tempo de desistir de seguir esse ser infiel e se juntar a um verdadeiro deus guerreiro!

Minato: Mostrarei a voce quem eh o verdadeiro Deus querreiro, que só tem um TEMPUS!

Novamente a lâmina de Kanadius atinge uma falha na armadura de Minato, mas desta vez ele se posicionou melhor para minimizar os efeitos do corte. Minato ergue sua maça com fúria, mas se desequilibra no processo e cai pesadamente ao solo. Ao ver o jovem clérigo de Tempus caído sobre seus pés Kanadius apenas coloca um pé sobre a face de Minato com desdém.

Kanadius: Não consegues nem ficar de pé sozinho, como ousas se dizer um guerreiro?

Os demais irmãos gritam em unissono: "GOOOOOOORRRMM"

Minato: Pois então acabe com isso, pois prefiro morrer com honra!

Albernaizzer: Não existe neste tipo de morte, amigo Minato!

Minato: Mas eu sou um guerreiro de Tempus, se ele deseja me ver morto eu prefiro assim!

Que fim terá esta incrível discussão? Será que nossos aventureiros escaparão com vida? Ora, basta ler o próximo capítulo!



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Capítulo Seis: Morte Flamejante


Prostrado aos pés de Kanadius, Minato, sacerdote de Tempus tentava reunir forças para se levantar ao perder o duelo contra o Grão-Mestre da Irmandade de Gorm.

Kerec fez menção a entrar no combate para ajudar o aliado, mas fora interrompido pelo jovem clérigo do deus da guerra.

Minato: Kerec, se afaste, essa luta é minha!

Kerec: Ninguem vai perder sua vida em vão!

Minato: Não há honra nenhuma em voce me ajudar!

Kerec: E de que adiantará sua honra se você morrer?

Ark: Se você assim o fizer, destruirá a fé de Minato. Não sirvo aos Deuses, mas sei muito bem o que é se devotar a ALGO!

Kanadius: Provaste que és um seguidor de um deus fraco!

Minato: Mas eu aceitei o desafio e devo arcar com as consequencias! Voce só provastes que tem mais sorte que eu.

Kanadius: Perdeste o desafio, infiel! Somente aqueles que seguem Gorm possuem a verdadeira força.


Kenay, o ladrão halfling tenta uma cartada, sem muito sucesso.

Kenay: KANADIUS! Segundo as tradições da nossa tribo, as lutas são dividas em lances, o melhor de 3 lances ganha a vitória, com um intervalo de alguns minutos entre cada lance. Topa então um segundo lance nesta luta?

Minato: Jamais renegarei a minha fé!

Albernaizzer: Isso mesmo, Kanadius. Ele lutou bravamente.

Kerec: Ele merece viver. Não abandonou sua fe, é um devoto tã bom quanto você.

Kanadius: Enfrento qualquer um de vocês tolos sem fé. Não preciso matá-lo, a derrota já foi o suficiente para provar que Tempus é um falso deus.

Kenay: Então aceite uma segunda luta.

Ark: Minato mostrou coragem ao defender o que ele acreditava quando muitos mentiriam em seu lugar.

Minato: Não vi prova alguma que seu Deus é verdadeiro também, só vi que voce é um guerreiro melhor que eu.

Ark: Se Gorm acha que isso é fraqueza, então retiro qualquer devoção que tenho a ele. ENTÃO VÁ TOMAR NO OLHO DO SEU CU!

Kanadius fica tão estupefato com as palavras ásperas e de baixo calão do druida que fica sem reação alguma. Neste momento todos os aventureiros poe-se a fugir pela porta que dava para o corredor.

Kanadius: Por Gorm, matem esses infiéis!

Uma agitação geral toma conta dos membros da Irmandade de Gorm que perseguem os aventureiros com espadas erguidas. Kerec e Ark param na porta para deter o avanços dos seguidores de Gorm, enquanto os demais fogem para a bifurcação dos corredores. Ark usa seus poderes sobre a natureza para criar água diretamente no chão, fazendo os inimigos escorregarem e caírem. O guerreiro Kerec tenta se aproveitar da vantagem, para atacá-los, mas acaba caindo no chão ao se desequilibrar na tentativa de golpe.

Os aventureiros não contavam contudo que alguns dos seguidores de Gorm dessem a volta pelo outro quarto para cercá-los. Entre os "Gormitas" que vinham por este caminho estava Kanadius, que se vingaria das blasfemias proferidas por Ark.

Kenay, Minato e Albernaizzer, contudo, já haviam alcançado a bifurcação entre os corredores, ficando fora da emboscada da Irmandade de Gorm. Minato aproveitou para curar-se, para entrar novamente em combate, enquanto Kenay e Albernaizzer fizeram um trabalho em equipe decisivo para a salvação do grupo. Albernaizzer arremessou um frasco de óleo em Kanadius, enquanto Kenay disparara uma flecha contra um dos suportes de tochas na parede, fazendo com que uma tocha caísse sobre o corpo embebido em óleo de Kanadius.

As chamas tomaram conta do corpo de Kanadius em questão de segundos, enquanto este gritava em agonia. Ele ainda tentou golpear Minato, mas tombara no chão antes de poder fazer algum mau para o clérigo. Depois disso, Minato foi abrindo caminho por entre os seguidores de Gorm que tentavam emboscar os demais aventureiros, enquanto Ark e Kerec defendiam-se como podiam.

Ao verem que seu líder e muitos de seus companheiros haviam morrido de forma horrível alguns Irmãos de Gorm puseram-se a fugir por dentro dos aposentos de Kanadius.

Ark: CHOROES! BEBEZOES! CORRAM PARA OS SEIOS DE SUAS MÃES E OS SUGUE ATE QUE SÓ SAIAM AREIA!

Albernaizzer: Eles estão fugindo, vamos aproveitar e darmos o fora daqui enquanto ainda estamos vivos.

Kerec: Eu não fujo de uma briga! Se quiser fugir, fuja!

Kenay: Kerec vamos nos reagrupar e nos fortalecer.

Kerec: Podem ir.

Kenay: Então você vai precisar disso (Kenay entrega a espada de Kanadius para Kerec), mas eu não vou seguir com você, tenho que achar Monseh.

Relutante, o guerreiro aceita continuar com o grupo, afinal. Ele tenta recolher a armadura de Kanadius, mas esta acabara se fundindo ao corpo derretido do ex-grão-mestre da Irmandade de Gorm. Surpreendentemente o elmo resistira bem, apesar dos pedaços de pele e cabelo queimados que acabaram ficando grudados no capacete. Com nojo, mas pensando em alguma capacidade especial do item, Kerec guardou o elmo em sua mochila.

Os aventureiros resolvem investigar o outro corredor da bifurcação e acabam dando de cara com um beco sem saída. Temendo encontrar novamente os seguidores de Gorm que fugiram, os aventureiros voltam à sala dos besouros e investigam uma das portas da parede leste.

Enquanto Kenay procurava armadilhas, contudo, eles são surpreendidos pelos Irmãos de Gorm que surgiram da porta ao lado:

Irmãos de Gorm: Vamos vingar o mestre Kanadius!

Conseguirão os aventureiros escapar de mais este perigo? Descubra nos próximos capítulos desta incrível saga!




10 comentários:

  1. Caramba oráculo, muito legal. Esse tipo de dungeon são as aventuras que mais gosto de narrar/jogar. Poderia assistir os jogos q vc narra la no RRPG?

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  2. Claro que pode. Na verdade já tem uma galera que assiste, então você pode juntar-se a eles sem problemas.

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  3. Pow tu mestra tmb D&D 4 edição ?

    Se for mestrar 4 ed no RRPG me chama por favor?

    Vlw e abração.

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  4. Não tenho planos de narrar outro sistema além de AD&D 2ª edição, pois é o sistema que mais tem a ver com o blog (já viram o banner lá em cima?).

    Contudo, se alguém quiser abrir uma mesa de D&D4, ou qualquer outro RPG, pode usar o tópico de Divulgações lá na comunidade do Dragão Banguela no orkut.

    Se forem criadas mesas de leitores em grande quantidade eu posso até mesmo fazer um artigo aqui no blog para divulgá-las, afinal, mais importante que baixar livros de RPG é usá-los em jogo!

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  5. Viva o bom e velho AD&D! Gostei de ver o Minato defendendo sua fé, isso sim é Clérigo bom! Só uma curiosidade: vocês jogam toda semana? Que dia e horário? E como faz pra assistir o jogo? Quero dizer, qual o nome da mesa?

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  6. Foi bem surpreendente a interpretação do Minato nesta cena. Mesmo sabendo que poderia perder o personagem ele aceitou interpretar a fé verdadeira.

    Os detalhes sobre os jogos são sempre exibidos na comunidade do DB no orkut (ali na barra lateral). Os jogos ocorrem 3ª e 5ª às 22:30 e geralmente vai até quase 02:00.

    O nome da sala é AD&D_dragaobanguela
    e a senha é dragaobanguela01

    Existe também uma segunda mesa com jogos aos sábados às 23:00, com um outro grupo (e eu já tô devendo o Diário deles faz tempo).

    Neste caso os jogos ocorrem na sala AD&D_dragaobanguela_mesa2
    e a senha é dragaobanguela02

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  7. Caio (Kenay, o halfling)22 de julho de 2010 às 15:02

    HEhe!!
    tanto tempo sem atualizar, ja tinha esquecido de uns detalhes importantes da missão e de eventos legai...

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  8. Muito maneiro o diário, gostei da reação de Albernaizzer e Kenay, uma iniciativa diferente, criativa e inteligente, que vai além da corrida de pv´s que se vê hoje em dia nas mesas. O pessoal está de parabéns, gostaria de saber se os jogadores são veteranos ou novatos.

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  9. Olha Thiago, se for contar o tempo que se joga eu sou o mais veterano jogador da mesa. Pra se ter uma ideia, comecei jogar RPG com a antiga caixa do D&D, versão portugal...haja tempo.

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  10. Salve galera, sou eu quem joga com o Minato... eu naum sou muuito experiente em jogar em si, mas sou um amante do assunto, pois coleciono revistas sobre RPG e, para vcs terem uma ideia, tenho guardada em casa as primeiras revistas de RPG da Dragão Dourado, tenho varias Dragão Brasil antigas entre outras coisas...

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