Eu tinha pensado em narrar uma aventura relacionada à data comemorada amanhã, mas como eu dormi na maior parte das aulas de História, preferi me ater à clássica fantasia medieval.
Mas nem por isso eu não poderia tentar trazer alguma novidade!
Bem, como eu sei que muitos leitores desse blog são uns fodidos e sem grana que não vão viajar no feriado, resolvi marcar uma one-shot para esse sábado. Mas a parte interessante é que os jogadores NÃO vão saber qual sistema estarão jogando!
Mas como é que pode uma porra dessas, Bátema?
Ora, Comissário Gordon, basicamente os jogadores vão INTERPRETAR seus personagens e a parte aleatória fica a meu cargo (eu jogo os dados e descrevo os resultados). A única base que os jogadores terão é o histórico dos personagens (nada muito elaborado, mas o suficiente para jogar).
Então, se você é putinha de determinado sistema ou tem preconceito com algum sistema e tem medo de jogá-lo mesmo sem saber, essa sessão de jogo NÃO é pra você. Agora, se você é um rpgista de cabeça aberta e se diverte interpretando um personagem (e matando monstros), seja bem vindo!
A sessão vai rolar nesse sábado, às 22:30 pelo programa RRPG Firecast. Pra jogar basta escolher um dos personagens abaixo (pelos comentários) e entrar na sala dragaobanguelax na hora do jogo.
Os personagens são os mesmos da boa e velha edição básica de Karameikos que a Abril nos trouxe nos anos 90. Já é a terceira ou quarta vez que eu utilizo esses personagens por aqui, o que demonstra que eu sou bem preguiçoso (ou prático, como eu prefiro dizer).
CHAD ALONIUS
Chad é "aquele incrível gatuno", "aquele fantástico ladrão", o homem que a Guarda da cidade teme e sobre quem as grandes mentes criminosas falam com admiração. É o mais cortês e mais conhecido de todos os ladinos de Karameikos. Ele é "Chad, Chad Alonius".
Na verdade, ele está apenas começando o que será uma carreira lendária e acredita que seus companheiros aventureiros deveriam estar agradecidos por conhecê-lo agora, antes de tornar-se uma "grande celebridade". Isso não quer dizer que se esquecerá deles quando for rico e famoso, é claro.
Chad veio de Mirros, a capital de Karameikos. Foi para o norte após um recente encontro com um suposto membro do Anel de Ferro (um inescrupulosos grupo de ladrões que lida com contrabando de escravos). Na verdade, esse encontro consistiu apenas em Chad agarrar a bolsa do escravagista e fugir para o interior. Agora a reserva de ouro dele está baixa, por isso é chegada a hora de mais um "serviço".
Chad sabe que ainda tem muito o que aprender, mas com seus talentos naturais e sua boa aparência não poderá falhar.
DARGAR MARTELO DO TROVÃO
Dargar Martelo do Trovão, assim como a maioria dos anões de Karameikos, vem da cidade gnômica de Highforge. Ele recentemente decidiu acompanhar a caravana de Gnomos em sua viagem em direção a Mirros (capital de Karameikos). Ainda não muito longe de Highforge, ele abandonou a caravana para procurar aventuras por conta própria.
Dargar cresceu entre os anões e gnomos, e agora encontra-se entre humanos - pessoas que (na sua opinião) confundem altura com superioridade. Ele se esforça para provar que é pelo menos igual a eles - se não melhor. Acha que tem de ser o mais corajoso dos corajosos, o mais bravo dos bravos, o mais valente dos valentes e o mais feroz dos ferozes. Isso às vezes leva Dargar a situações perigosas. Felizmente ele tem amigos verdadeiros e leais que o ajudam a se livrar dos problemas.
Uma coisa irrita Dargar: detesta que as pessoas altas "olhem pra baixo quando falam com ele". Quando isso acontece, Dargar frequentemente sobe em mesas ou pedras para poder conversar "olho no olho".
EMILY ROGUESHOT
Para Emily, ser ladina é simplesmente um ofício. Seu nome de família veio de um ancestral que exibiu demais suas grandes habilidades, atraindo a atenção das autoridades para seus negócios. "Mantenha-se às ocultas e tudo sairá bem", Emily costuma dizer. Para uma halfling, manter-se às ocultas não é muito difícil.
A família de Emily tem as raízes na região que já foi chamada de Baronato da Águia Negra. Os Rogueshot espalharam-se há alguns anos, quando Ludwig von Hendriks, o maligno Barão da Águia Negra, tomou posse da região. Von Hendriks, o perverso primo do rei, foi deposto. Seu paradeiro é desconhecido.
Emily cresceu nas ruas de Penhaligon, trabalhando com pequenos grupos de pessoas com mesmo ideais. Ela nunca se juntou a uma dessas grandes guildas dominadas por humanos e prefere manter essa posição.
A esperta halfling descobriu que se fosse educada e atenciosa com os humanos, poderisa roubá-los com facilidade e sem que eles percebessem. É claro que o dinheiro não é a única recompensa - o melhor é descobrir que foi mais esperta do que aquelas criaturas grandes, lentas e tolas. "Mas nunca diga isso a eles", Emily costuma comentar, "Isso apenas os magoaria".
JOCASTA DEMANDRIA
Jocasta é uma traladarana (os traladaranos já viviam em Karameikos há muito tempo antes do povo do Rei Stefan, os thyatianos, chegar). Ela nasceu na cidade setentrional de Threshold, mas seus pais se mudaram para Mirros quando ela ainda era um bebê. Recentemente, Jocasta realizou a Cerimônia de Rompimento de Laços, uma tradição traladarana em que os rapazes e as moças se desligam de suas famílias para viverem por conta própria durante alguns anos. Após a cerimônia, Jocasta retornou a Threshold, um lugar que nunca conheceu, mas sempre considerou sua "cidade natal".
Ela é a caçula de sua família. Um de seus irmãos é agora um rico mercador em Darokin, outro pereceu em luta contra um dragão e um outro foi a uma viagem de exploração nas Montanas Altan Tepes e nunca mais voltou. Jocasta deseja provar sua capacidade, superando os irmãos, e viver aventuras "que serão cantadas pelos bardos".
Há pouco tempo, a mãe de Jocasta deu-lhe algumas heranças de família: uma espada larga - provavelmente empunhada pelo primeiro da linhagem dos Demandria, com o lema do clã, "Honra em todas as Ações", inscrito em sua grande lâmina - e um amuleto feito de vidro azul, que ela usa sob sua armadura. Supostamente, o amuleto deverá protegê-la contra resfriados e outros tipos de doenças comuns. Jocasta sabe que o talismã não possui propriedade mágica, mas ela o estima muito por seu valor sentimenta.
Ela quer ter sucesso na vida por conta própria, por isso, geralmente, recusa ofertas financeiras, mas não dispensa a ajuda de um amigo ao enfrentar batalhas contra horríveis monstros.
KALROTH O (QUASE) PERIGOSO
Kalroth estudou na Escola Karameikana de Artes Arcanas em Karameikos, onde era um aluno mediano. Ele ganhou o apelido após ter feio uma experiência no laboratório que cobriu com penas a maior parte da escola e dos alunos (na verdade, ele não teve culpa, apenas leu o que estava no pergaminho). Os efeitos da magia dissiparam-se em um ou dois dias, mas a alcunha ficou. Apesar de tentar retirar o "quase" do apelido, seus amigos não estão dispostos a esquecer o acontecimento.
Como resultado do infeliz incidente com as penas, Kalroth leva seus assuntos muito a sério. Ele teme que poderá "estragar tudo" novamente, talvez em uma situação mais perigosa, e acredita que a única maneira de solucionar qualquer problema é pensar num plano cuidadoso, que leve em consideração todos os obstáculos.
Em suma, Kalroth é preocupado demais, está sempre em alerta para avistar a nuvem negra existente por trás da estiagem.
MAXALLA INGOSTAS
Maxalla vem de uma pequena vila a leste de Threshold. Apesar de morar próxima a essa agitada cidade, apenas recentemente ela foi visitá-la. Ficou surpresa com as coisas e pessoas que conheceu, especialmente com os thyatianos que não parecem nem um pouco ser os invasores assassinos que ela imaginava.
Maxalla pertence à Igreja de Traladara. Um clérigo viajante ensinou-lhe suas habilidades sacerdotais e, desde então, ela também adquiriu o hábito de vagar pelo mundo.
Essa sacerdotisa é educada, compreensiva e pronta a perdoar as fraquezas dos outros, mesmo as dos sacerdotes tradicionalistas e de pouca visão da Igreja de Karameikos. Com o tempo, ela acha que eles verão seus erros e se juntarão à Igreja de Traladara na verdadeira fé.
MELISSA MOONSTAR
Melissa veio das florestas perto de Riflian, uma cidade ao norte de Mirros. Ela passou a maior parte de sua juventude junto de sua família e de outros elfos. Recentemente conheceu um povoado humano e surpreendeu-se ao descobrir como tantas pessoas podem viver juntas, sem que ocorra uma grande guerra. Pelo menos era isso que ela imaginava acontecer a julgar pelas histórias que seus pais lhe contavam, nas quais os humanos eram barulhentos, violentos e sempre prontos a iniciarem um combate por qualquer motivo.
Um arcano de baixo nível lhe ensinou suas magias. Ele era um elfo sem grandes habilidades nesta arte e após lhe passar seus poucos conhecimentos, saiu para a ilha de Ierendi em uma busca para um amigo. Apesar de seus ensinamentos não serem tão compltos, Melissa consegue se virar muito bem com o que sabe sobre magia. Ela não gosta de fazer planos, sua filosofia é: "se você trabalhar por tempo suficiente em cima de alguma coisa, tudo acabará dando certo".
PAR THANAR
Par Thanar é um sacerdote recém preparado que serve a Igreja de Karameikos. Ele se orgulha muito de seu parentesco thyathiano e acredita que sob o comando do Rei Stefan, a nação pode ser uma fonte de sabedoria para todos os outros povos (inclusive para os traladaranos, que também vivem em Karameikos).
Esse sacerdote sabe muito bem que, por ter o sangue dos thyathianos, é de sua responsabilidade dar um bom exemplo aos outros - ser sempre honesto e direto em seus negócios, gentil e atencioso para com as pessoas de posições inferiores e sempre lutar contra o mal, onde quer que este se encontre.
Apresentando-se como símbolo de competência e sabedoria, ele poderá mostrar a superioridade de sua crença, principalmente com relação à supersticiosa Igreja de Traladara.
Par conhece os grandes heróis e patriarcas de sua igreja e os admira muito pela grande sabedoria e poder.
Sobre o Autor:
O Oráculo é Mago, Ilustrador, Escitor e Técnico em Mecânica quando sobra tempo. Fã incondicional de quadrinhos e videogames, planeja dominar o mundo num futuro próximo. |
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