Saudações, modafocas!
Atualmente estou por demais enrolado para postar novos artigos, mas enquanto não retorno com novidade, venho aqui trazer um artigo do meu blog pessoal o Dimensão X. Podem me chamar de preguiçoso, mas pelo menos eu não deixo os leitores na mão!
Entonces vamos a uma breve resenha do primeiro romance baseado em RPG. Cliquem no Leia Mais e tenham uma boa leitura...
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Capa de uma das edições estadunidenses
Dragões do Crepúsculo do Outono é o primeiro livro da trilogia Crônicas de Dragonlance, lançado nos idos da década de 80 pela TSR, editora do primeiro RPG do mundo, o Dungeons & Dragons.
Originalmente Dragonlance nasceu como uma série de módulos de aventuras para a segunda edição de D&D, conhecida como Advanced Dungeons & Dragons (AD&D pros íntimos). Nos doze módulos os jogadores eram convidados a conhecer o mundo de Krynn, onde deveriam impedir o ressurgimento de Takhisis, a Rainha das Trevas, uma deusa maligna cujo poder trouxe de volta os terríveis dragões ao mundo.
Uma das formas da Rainha das Trevas
A ideia da série de módulos veio de uma enquete entre os fãs de D&D que perguntava qual o tema eles gostariam de ver em uma nova série de RPGs. Foi praticamente uma unanimidade o tema escolhido: Dragões! E os dragões de Dragonlance fizeram tanto sucesso que o autor dos módulos, Tracy Hickman, se uniu à escritora Magareth Weis para criar uma série de romances baseada nas aventuras para RPG.
Lorde Verminard e seu dragão Flogisto
TRAMA
Em Dragões do Crepúsculo do Outono (doravante DCO) conhecemos o mundo de Krynn, que fora abandonado pelos deuses e sofreu um terrível Cataclismo que quase destruiu o mundo. Nesta terra sem esperança surgem os terríveis Dragonianos, seres forjados por terríveis rituais mágicos, cuja forma é uma mistura horrenda de humano e dragão. Os Dragonianos são liderados pelos poderosos Senhores Dracônicos, representantes da Rainha das Trevas.
Neste clima de guerra e terror conhecemos um grupo de aventureiros que se reencontra após cinco anos separados. Os aventureiros se encontram na Estalagem Derradeiro Lar em Solace, uma cidade construída na copa das árvores. O destino faz com que um casal de bárbaros das planícies entrem no caminho dos aventureiros enquanto estavam em fuga, caçados por um esquadrão de Dragonianos. Ao ajudarem o casal o grupo de aventureiros acaba em uma jornada que poderá acabar com a guerra contra a Rainha das Trevas e seus Senhores Dracônicos.
O elenco principal é composto por:
Tanis Meio-Elfo: O líder dos aventureiros, atormentado por ser um mestiço entre as raças humana e élfica e também por se dividir entre dois amores;
Flint Forjardente: Um velho anão, amigo de Tanis. Trata os membros do grupo de aventureiros como netos. Tem muita sabedoria, mas um péssimo senso de humor;
Tasselhoff Pés Ligeiros: Membro da diminuta raça dos Kenders, seres incapazes de sentir medo e com uma compulsão para o furto, apesar de não serem gananciosos. Tasselhoff age por muitas vezes como uma criança e o alvo favorito de suas piadas é o rabugento Flint;
Sturm Montante Luzente: Membo da ordem dos Cavaleiros de Solamnia, uma ordem de cavalaria que preza a honra acima de tudo;
Raistlin Majere: Misterioso mago, cujo corpo e alma foram modificados após o terrível teste na Torre das Ordens de Alta Feitiçaria. Frio e calculista, seus olhos em forma de ampulheta são capazes de ver a morte se aproximando;
Caramon Majere: Irmão gêmeo de Raistilin, compensa sua inaptidão nas artes mágicas com uma força bruta inigualável, formando uma dupla eficiente com seu irmão. Seu comportamento é o extremo oposto do sinistro Raistilin, mas ainda assim Caramon demonstra um enorme amor fraterno pelo mago;
Lua Dourada: Líder da tribo bárbara dos Que-Shu e portadora do Cajado de Cristal Azul. A posse deste cristal é o ponto de partida para a caçada dos Dragonianos e o início da saga;
Vendaval: Protetor de Lua Dourada, seu amor o faz se arriscar para defendê-la. Foi ele quem resgatou o Cajado de Cristal Azul de uma cidade em ruínas e trouxe para sua amada.
A trilogia gira em torno da batalha contra a Rainha das Trevas, uma deusa que planeja retornar ao mundo dos mortaise dominá-lo, mas em DCO, o primeiro capítulo da saga o tema principal é a jornada dos aventureiros que tentam protejer a portadora do Cajado de Cristal Azul, uma herança dos antigos deuses que abandonaram Krynn.
TRADUÇÃO
A versão traduzida deste livro fora prometida pela Abril Jovem em 1995, mas ficou só na promessa pois a editora não conseguiu levar a frente sua linha de RPGs. A TSR, editora original do livro nos EUA foi vendida para a Wizards of the Coast o que consequentemente deu direitos de tradução da saga para a Devir Livraria, representante brasileira da Wizards.
Versão da saga lançada para o videogame Master System
Ainda assim os leitores brasileiros tiveram que esperar ainda quase seis anos para termos esta trilogia em bom português. Quer dizer... Não tão bom assim! A tradução da Devir na verdade é bem fraca em muitos ponto, principalmente do ponto de vista gramatical, com muitos erros de pontuação e demais falhas que deixariam o Professor Pasquale puto da vida.
As traduções de nomes de personagens causaram revolta em muitos leitores puristas, como no caso de Sturm Bright Blade que virou Sturm Montante Luzente, que, apesar de não ser uma tradução ao pé da letra, mantém o significado do nome (montante é um tipo de espada e blade significa lâmina). Eu pessoalmente gosto desses nomes adaptados, afinal a história de Guilherme Tell é bem mais conhecida do que a de Willian Tell. Já os erros de gramática não tem perdão, foi uma mancada grave da Devir!
CONCLUSÃO
DCO é um título importantíssimo para os fãs de RPG e literatura de fantasia, pois foi o primeiro romance baseado em jogos de RPG o que de certa forma contribuiu para a brazuca Trilogia Tormenta.
A leitura é divertida - apesar dos erros de portguês - e a saga inteira é deveras emocionante. Não dá pra falar muito sem estragar a diversão de quem pretende ler, mas uma das minhas cenas favoritas é a jornada dos heróis às ruínas de Xak-Tsaroth.
A batalha em Xak-Tsaroth é um dos grandes momentos da aventura
E aguardem pois em breve o Oráculo vai falar também sobre os outros capítulos da saga, Dragões da Noite de Inverno e Dragões da Alvorada da Primavera, onde finalmente saberemos o motivo da saga se chamar Dragonlance!
Sobre o Autor:
O Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Inspetor de Equipamentos nas horas vagas. Já tomou algumas cervejas na Hospedaria Derradeiro Lar e treinou magia nas Torres de Alta Feitiçaria. |
Eu gosto muito da temática da historia, apesar de nunca ter lido o livro (mais por falta de oportunidade do que de enterece), mas me parece muito confuso a quantidade de personagens no grupo. É só uma impressão ou realmente isto se torna uma complicação durante a leitura?
ResponderExcluirA quantidade de personagens por vezes parece um problema mesmo. Os próprios autores disseram em entrevistas que se pudessem fariam uma história com menos protagonistas.
ResponderExcluirAinda assim, os autores conseguem contornar esses problemas de forma bem satisfatória na maior parte do tempo, principalmente nos dois livros seguintes, onde o grupo passa a maior parte do tempo dividido.
Realmente, histórias com muitos personagens tem esse problema de um ou outro ficar meio apagado em meio aos demais. Pippin e Merry precisaram esperar até o Retorno do Rei para terem um papel interessante, e se Tolkien teve esse problema, não podemos reclamar de Weis e Hickman.
Vale lembrar que esse livro ainda pode ser encontrado em livrarias ou lojas virtuais especializadas em RPG a um custo médio de R$ 35,00. Não é tão caro se pararmos pra pensar que pra jogar D&D precisamos desembolsar mais de R$ 200,00.
Vou pensar bastante quanto a compra-los, nem que seja ao menos o primeiro.
ResponderExcluirMas tenho que esperar meu pagamento do IBGE e fim da greve do BB.
Vi o Silverleaf Halfmoon, costumava jogar com ele no First Quest; bons tempos.
ResponderExcluirNa verdade as artes de First Quest são reaproveitadas de outros livros da TSR (e vocês achando que isso é coisa de editora brasileira).
ResponderExcluirSilverleaf Halfmoon é o Tanis sem barba, Morganth, o Misterioso é o Fizban, com direito ao Tas do lado, Slinker é o Greymouser das crônicas de Lankhmar, Delvak Punhetadiferro é o anão da trilogia do Vale do Vento Gélido (cujo nome eu esqueci).
Só não lembro do Beldar, o Bravo e do Lordan, o Puto... digo, Puro.
Agora vocês sabem e conhecimento é metade da batalha!
Cara realmente uma otima serie... é uma pena a Devir não ter investido mais nessas traduções se limitando a essa do dragonlance e a estilha de cristal.
ResponderExcluirEu por exmplo estou louco pra ler a War of the Spider Queen >.<
Não gosto da tradução Vendaval. O nome do cara é Riverwind, algo como "Vento do rio", ou o vento que corre como o rio.
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