Salve salve vermes!
O Trapaceiro resolveu dar uma de metido a intelectual aqui e por isso vai postar hoje a resenha de um livro que o fez ficar com os bagos encolhidos de medo.
Confiram só...
...
Provavelmente todos os vermes que leêm essa pocilga já devem saber que eu sou um grande fã da cultura zumbística (mesmo admitindo me cagar de medo de filmes de terror).
E cá a minha surpresa, quando ao fazer uma visita á FNAC aqui de Porto Alegre, vi uma capa preta reluzente com uma mão vermelha á espreita. Ao me aproximar do livro em questão, vi de relance o grande "Z" no centro da capa.
O nome de criança: Apocalipse Z - O Princípio do Fim.
Minhas mãos ao ler o título começaram a ficar trêmulas - será que é o gênero de livro que estou pensando? - Peguei o infame livro e li a contra capa. Falava em mortos vivos! Algumas lágrimas começaram a brotar de meus olhos e chorei como um ninja silencioso.
Caceta! Um livro de zumbis! Na hora lembrei e agradeci á série The Walking Dead. A única explicação para lançarem um livro sobre zumbis era o sucesso da dita cuja série na televisão e quadrinhos. Só poderia ser isso.
Buenas malditos. Apocalipse Z - O Princípio do Fim é o primeiro livro do autor espanhol Manel Loureiro, lançado em terra tupiniquim pela editora Planeta.
Muitos devem se perguntar. Mas Trapaceiro, mas que picas esse livro tem haver com RPG? E eu como um sábio monge das colinas do Tibet respondo. Tudo vermezinho!
Claro que minha principal intenção é divulgar que existe aí livros de terror com a temática zumbística. Então se essas preciosidades fizerem sucesso, teremos aí uma chuva de livros de zumbis (com Vampiros foi a mesma coisa, vide o maldito Crepúsculo), fora que a leitura do Apocalipse Z pode render ótimas ideias de aventuras e situações para quem vai jogar um Terra Devastada, Shotgun Diaries ou um All Flesh Must be Eaten.
Como todo bom apocalipse zumbi, a história é bem simples. Um jovem advogado metido a blogueiro começa a postar algumas notícias que chamam a sua atenção a respeito de acontecimentos estranhos em um país do oriente (o Daguestão).
Surgem mais notícias, agora afirmando de que uma doença está se espalhando rapidamente e chegando inclusive até a Europa e América do Norte. Em poucos dias o narrador começa a notar movimentações militares inclusive na sua cidade, mas nada é dito com clareza a respeito da doença, nem nos jornais e na televisão.
O único alerta é de que as pessoas mantenham distância de pessoas que demonstrem estado de violência e que devem procurar agentes do Controle de Doenças caso sejam "mordidas" ou "arranhadas" por uma dessas pessoas.
Com medo do misterioso surto da doença o narrador resolve ficar a espreita em sua casa com seu gato, até que o inferno toma conta das ruas de todo o planeta.
Apartir daí o narrador se vê a mercê de um mundo totalmente novo, no qual cadáveres putrefatos estão por toda a parte, e o pior: Caminhando.
O livro é narrado em primeira pessoa, ou seja, sempre temos a impressão do próprio narrador sobre o mundo e sobre as personagens da história (ou estória, sei lá).
Um fato curioso é que em nenhum momento do livro aparece o nome do narrador. Tenho a impressão de que se trata de uma brincadeira do próprio autor do livro, visto que o Manel Loureiro é advogado (assim como o narrador do livro) e antes de lançar o livro ele também escrevia um tipo de diário sobre um ataque zumbi em um blog na internet espanhola, e este mesmo blog fez tanto sucesso que deu origem ao livro em questão.
Segundo o site do autor, serão dois livros tratando do assunto. O primeiro é Apocalipse Z - O Princípio do Fim, e o segundo (que já foi lançado na espanha, mas no Brasil ainda não) é chamado de Apocalipse Z - Os Dias Escuros.
A narrativa é muito boa e nada cansativa, são 365 páginas que são facilmente lidas em pouco mais de quatro dias se o leitor dispor de tempo. O livro no começo é escrito em forma de um blog do próprio narrador, após o mundo cair e começar a faltar energia elétrica, o narrador opta pelo bom e velho diário de papel e caneta.
Podemos notar que o narrador é um completo perdido nesse novo mundo. A princípio ele não sabe se é só ele que sobrou de vivo no mundo ou se existe outros sobreviventes. É engraçado ver sempre os preparativos e listagens de planos que o mesmo bola para tentar escapar das situações mais perigosas possíveis, tendo que escolher entre o que deixar de levar ou não nas viagens, sempre com um particular detalhismo nas explicações.
O drama está presente em todo o momento do livro, e achei isso a melhor parte. O livro capturou um pouco da mesma emoção que sinto ao ler um capítulo da HQ The Walking Dead, deixando o leitor com o cu na mão em diversos momentos e mostrando claramente que o narrador sente um pavor indescritível e é um simples ser humano de carne e osso que "quebra" fácil.
Eu cheguei a entrar em contato com a Editora Planeta para saber quando será lançado o próximo livro e infelizmente a editora me informou que não há previsão de lançamento. Até entendo, já que o Apocalipse Z - O Princípio do Fim foi lançado aqui no Brasil em Novembro de 2010, ou seja, menos de 4 meses, sem mencionar que o segundo livro foi lançado a pouco tempo na Espanha.
Sobre erros de português, não encontrei nada grosseiro. Apenas dois, um que estava escrito "saus" e que era para ser "suas" e o outro erro foi "Hospital Xeral" ao invés de "Hospital Geral". Erros perdoáveis e que não comprometem a leitura.
Recomendo a todos a leitura, principalmente para terem ideias sádicas de situações para colocarem seus jogadores em campanhas de Terra Devastada e afins. É certeza de que os jogadores cagarão nas calças mhuauhahuauh.
Título: Apocalipse Z - O Princípio do Fim
Autor: Manel Loureiro
Gênero: Terror
Ano de Lançamento: Novembro/2010
Editora: Planeta do Brasil
Preço: R$39,90
Nº de Páginas: 365
Melhor adaptado a: Terra Devastada, Shotgun Diaries, All Flesh Must be Eat.
Então é isso macacada! Nos vemos no próximo post!
Sobre o Autor:
O Trapaceiro resolveu dar uma de metido a intelectual aqui e por isso vai postar hoje a resenha de um livro que o fez ficar com os bagos encolhidos de medo.
Confiram só...
...
Provavelmente todos os vermes que leêm essa pocilga já devem saber que eu sou um grande fã da cultura zumbística (mesmo admitindo me cagar de medo de filmes de terror).
E cá a minha surpresa, quando ao fazer uma visita á FNAC aqui de Porto Alegre, vi uma capa preta reluzente com uma mão vermelha á espreita. Ao me aproximar do livro em questão, vi de relance o grande "Z" no centro da capa.
O nome de criança: Apocalipse Z - O Princípio do Fim.
Minhas mãos ao ler o título começaram a ficar trêmulas - será que é o gênero de livro que estou pensando? - Peguei o infame livro e li a contra capa. Falava em mortos vivos! Algumas lágrimas começaram a brotar de meus olhos e chorei como um ninja silencioso.
Caceta! Um livro de zumbis! Na hora lembrei e agradeci á série The Walking Dead. A única explicação para lançarem um livro sobre zumbis era o sucesso da dita cuja série na televisão e quadrinhos. Só poderia ser isso.
Buenas malditos. Apocalipse Z - O Princípio do Fim é o primeiro livro do autor espanhol Manel Loureiro, lançado em terra tupiniquim pela editora Planeta.
Muitos devem se perguntar. Mas Trapaceiro, mas que picas esse livro tem haver com RPG? E eu como um sábio monge das colinas do Tibet respondo. Tudo vermezinho!
Claro que minha principal intenção é divulgar que existe aí livros de terror com a temática zumbística. Então se essas preciosidades fizerem sucesso, teremos aí uma chuva de livros de zumbis (com Vampiros foi a mesma coisa, vide o maldito Crepúsculo), fora que a leitura do Apocalipse Z pode render ótimas ideias de aventuras e situações para quem vai jogar um Terra Devastada, Shotgun Diaries ou um All Flesh Must be Eaten.
"Quando o Inferno estiver cheio, os mortos andarão sobre a Terra" - Dawn of the Dead (1978)
Como todo bom apocalipse zumbi, a história é bem simples. Um jovem advogado metido a blogueiro começa a postar algumas notícias que chamam a sua atenção a respeito de acontecimentos estranhos em um país do oriente (o Daguestão).
Surgem mais notícias, agora afirmando de que uma doença está se espalhando rapidamente e chegando inclusive até a Europa e América do Norte. Em poucos dias o narrador começa a notar movimentações militares inclusive na sua cidade, mas nada é dito com clareza a respeito da doença, nem nos jornais e na televisão.
O único alerta é de que as pessoas mantenham distância de pessoas que demonstrem estado de violência e que devem procurar agentes do Controle de Doenças caso sejam "mordidas" ou "arranhadas" por uma dessas pessoas.
Com medo do misterioso surto da doença o narrador resolve ficar a espreita em sua casa com seu gato, até que o inferno toma conta das ruas de todo o planeta.
"O que você faria se, um belo dia, ao acordar, descobrisse que a humanidade está caindo aos pedaços?"
Apartir daí o narrador se vê a mercê de um mundo totalmente novo, no qual cadáveres putrefatos estão por toda a parte, e o pior: Caminhando.
O livro é narrado em primeira pessoa, ou seja, sempre temos a impressão do próprio narrador sobre o mundo e sobre as personagens da história (ou estória, sei lá).
Um fato curioso é que em nenhum momento do livro aparece o nome do narrador. Tenho a impressão de que se trata de uma brincadeira do próprio autor do livro, visto que o Manel Loureiro é advogado (assim como o narrador do livro) e antes de lançar o livro ele também escrevia um tipo de diário sobre um ataque zumbi em um blog na internet espanhola, e este mesmo blog fez tanto sucesso que deu origem ao livro em questão.
Segundo o site do autor, serão dois livros tratando do assunto. O primeiro é Apocalipse Z - O Princípio do Fim, e o segundo (que já foi lançado na espanha, mas no Brasil ainda não) é chamado de Apocalipse Z - Os Dias Escuros.
A narrativa é muito boa e nada cansativa, são 365 páginas que são facilmente lidas em pouco mais de quatro dias se o leitor dispor de tempo. O livro no começo é escrito em forma de um blog do próprio narrador, após o mundo cair e começar a faltar energia elétrica, o narrador opta pelo bom e velho diário de papel e caneta.
Podemos notar que o narrador é um completo perdido nesse novo mundo. A princípio ele não sabe se é só ele que sobrou de vivo no mundo ou se existe outros sobreviventes. É engraçado ver sempre os preparativos e listagens de planos que o mesmo bola para tentar escapar das situações mais perigosas possíveis, tendo que escolher entre o que deixar de levar ou não nas viagens, sempre com um particular detalhismo nas explicações.
O drama está presente em todo o momento do livro, e achei isso a melhor parte. O livro capturou um pouco da mesma emoção que sinto ao ler um capítulo da HQ The Walking Dead, deixando o leitor com o cu na mão em diversos momentos e mostrando claramente que o narrador sente um pavor indescritível e é um simples ser humano de carne e osso que "quebra" fácil.
Eu cheguei a entrar em contato com a Editora Planeta para saber quando será lançado o próximo livro e infelizmente a editora me informou que não há previsão de lançamento. Até entendo, já que o Apocalipse Z - O Princípio do Fim foi lançado aqui no Brasil em Novembro de 2010, ou seja, menos de 4 meses, sem mencionar que o segundo livro foi lançado a pouco tempo na Espanha.
Sobre erros de português, não encontrei nada grosseiro. Apenas dois, um que estava escrito "saus" e que era para ser "suas" e o outro erro foi "Hospital Xeral" ao invés de "Hospital Geral". Erros perdoáveis e que não comprometem a leitura.
Recomendo a todos a leitura, principalmente para terem ideias sádicas de situações para colocarem seus jogadores em campanhas de Terra Devastada e afins. É certeza de que os jogadores cagarão nas calças mhuauhahuauh.
Título: Apocalipse Z - O Princípio do Fim
Autor: Manel Loureiro
Gênero: Terror
Ano de Lançamento: Novembro/2010
Editora: Planeta do Brasil
Preço: R$39,90
Nº de Páginas: 365
Melhor adaptado a: Terra Devastada, Shotgun Diaries, All Flesh Must be Eat.
Então é isso macacada! Nos vemos no próximo post!
Sobre o Autor:
O Trapaceiro é uma das mentes doentias por trás do Blog do Dragão Banguela. Futuro professor de História, quando formado, irá ensinar aos seus alunos o "Evangelho Segundo o Rpgista Old School". Acredita piamente que o saudoso AD&D será republicado um dia. |
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