sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Quem precisa de rebeldes?


 Ontem o Plebeu fez um post falando de um dos vários casos em que a  nossa mídia sensacionalista persegue os jogadores de RPG.

Mas e quando os próprios jogadores de RPG colaboram para a má impressão sobre o jogo?
Pra quem não entendeu picas ou não teve saco de carregar o vídeo, eu explico.

Trata-se do programa da Eliana no SBT, onde há um quadro em que umas minas tentam arrumar um par romântico, afinal a moda é expor suas vidas sociais por aí aos quatro ventos (não reclamem, vocês fazem o mesmo no Facebook, Twitter e o caralho a quatro).

Eis que uma das mulheres saiu com um candidato, mas não rolou o namoro e eles colocaram a culpa nas suas preferências quanto às seitas do RPG Vampiro: A Máscara.

Obviamente ninguém entendeu porra nenhuma (a expressão da apresentadora reflete 99% da população do país) e para os fãs do jogo só resta uma terrível vergonha alheia.

Ok, vamos explicar algumas coisinhas:

Primeiramente, usar a palavra "seita" já é uma péssima escolha. Tá, eu sei que o cristianismo também é uma seita (basta olhar no dicionário pra ver a definição da palavra), mas se você usa a palavra assim solta no ar É CLARO que vão associar ao satanismo ou coisas do tipo.

Além disso, qualquer tentativa de humor "privado" é inútil quando se tem um público muito abrangente. Qualquer jogador de RPG com um pouco de bom senso sabe que os dois não se matariam por ele ser Camarilla, Sabá ou o cacete, mas acontece que a imensa maioria dos telespectadores (e até mesmo os produtores) do programa NÃO SABEM O QUE É ESSA PORRA DE CAMARILLA E SABÁ!!!

É por isso que quando o Fantástico vai fazer uma matéria sobre internet eles explicam que se trata da "rede mundial de computadores". Porque SEMPRE vai ter alguém que não sabe do que se trata e no caso de um hobby praticado por tão pouca gente é mais importante ainda mostrar que se trata de uma diversão sadia e não de uma coisa de loucos bitolados!

Aliás, em todo bom livro de RPG SEMPRE há pelo menos uma página explicando do que se trata o jogo, porque sempre vai haver alguém que pega um livro por curiosidade e acaba percebendo que o RPG não é uma coisa de loucos assassinos afinal.

Enfim, o que eu quero mostrar aqui é que antes de sair fazendo alarde com essa ou aquela emissora de TV fazendo a caveira dos jogadores de RPG, devemos prestar atenção a como NÓS mesmos jogadores mostramos nosso hobby aos leigos.

Sobre o Autor:
O OráculoO Oráculo é Mago, Ilustrador, Escitor e Técnico em Mecânica quando sobra tempo. Fã incondicional de quadrinhos e videogames, planeja dominar o mundo num futuro próximo.

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