E hoje eu vou postar algo aqui que eu jurava já ter postado antes!
Sério, se eu não o tivesse mencionado nesse outro post aqui, eu provavelmente nem me lembraria mais!
...
Em meados dos anos 90 as coisas não iam muito bem pras editoras de RPG nos Estados Unidos. Advanced Dungeons & Dragons era o RPG absoluto, mas estava perdendo fãs, enquanto novatos não se interessavam.
Pensando em chamar a atenção de novos jogadores, a TSR, editora de AD&D na época, criou o First Quest, um kit pra iniciantes no mundo do RPG, que não cumpriu exatamente sua proposta, sendo cancelado algum tempo depois.
A White Wolf, com seu complicado Mundo das Trevas também precisava atrair novos jogadores, então o que fazer? Ora, jovens gostam de videogames! Então, a White Wolf entrou em contato com a Capcom para criar o seu Street Fighter: The Storytelling Game.
O jogo adaptava de maneira soberba as mecânicas de combate do videogame, em um sistema infinitamente melhor do que o sistema básico dos outros jogos da White Wolf. Além disso, o cenário foi ricamente explorado, oferecendo não só oportunidades para se sair na porrada em um tabuleiro, mas também de interpretar grandes sagas, com forte inspiração em filmes como Operação Dragão, entre outros.
No Brasil, a White Wolf era (e ainda é) representada pela Devir, então seria questão de tempo aguardar pelo livro aqui no nosso país, certo?
Errado!
Apesar de ser propriedade da White Wolf, Street Fighter é propriedade da Capcom, que na época tinha um contrato com a Editora Trama para o lançamento de revistas em quadrinhos e RPGs, portanto, o jogo acabou sendo lançado como parte da Dragão Brasil Especial.
O livro básico foi lançado em um formato bem econômico, fascículos mensais que ao todo custavam em torno de R$ 15,00, um preço estremamente baixo comparado aos R$ 45,00 de um Vampiro: A Máscara. Além disso, as sofríveis imagens do livro original foram substituídas por novas, retiradas dos jogos.
Okay, livro lançado, vendas altas, então o que fazer senão aguardar os suplementos? Não foram muitos na verdade, já que assim como o First Quest, Street Fighter não pegou lá fora, mas pelo sucesso que fez aqui seria de se esperar que a linha completa saísse em português e depois ficássemos com suporte na Dragão Brasil, certo?
Errado de novo!
O que aconteceu foi um tremendo impasse sobre os direitos de publicação do jogo entre a Trama e a Devir. E como sempre quem pagou o pato foram os jogadores, por isso não tivemos NENHUM suplemento de Street Fighter traduzido para o nosso idioma.
Mas o que seria do mundo sem os fãs? E assim, o blog Street Fighter RPG Brasil publicou versões traduzidas de quase todos os suplementos da linha Street Fighter! O blog anda atualmente abandonado, então espero que esse artigo sirva para chamar a atenção dos caras para novas postagens!
Então, o livro de hoje fala sobre... Competidores!
E temos muitos deles, desde homens-tigre à mulheres ciborgue! Todos com várias idéias para inclusão nas suas crônicas. Além disso, o livro apresenta Times de Street Fighters para servirem como aliados ou antagonistas dos personagens dos jogadores. Desde times de militares, músicos e até coisas que nos fazem exclamar um tremendo WTF!
Também tem lugar garantido o Elenco de apoio, como fãs, empresários, mestres de artes marciais, jornalistas, entre outros personagens bem detalhados para servirem de NPCs em sua crônica.
Mas a parte que mais deve agradar é a de novos Estilos de combate. E temos muitos: Aikidô, Baraqah, Jeet Kune Dô, Jiu Jitsu, Lua, Pankration, Silat, Tai Chi Chuan e Luta Livre. Além de seis novas manobras para esses estilos.
Outro capítulo interessante é sobre os duelistas, apresentando diversas armas para serem usadas em combate, como arcos, espadas, bastões, sabres e shurikens. Lembrando sempre que Street Fighters honrados NÃO usam armas, então se você quiser se valer delas espere seus pontos de Honra caírem beeeeem rápido. Principalmente em torneios!
Fechando o livro temos os Locais de Conflito, uma série de mini cenários para serem usados em suas crônicas de Street Fighter. São todos muito bem descritos e com várias ideias para serem incluidos na maioria das crônicas, mas fazem falta novos mapas hexagonais para quem usa o sistema de combate com miniaturas, que na minha opinião é o melhor já criado até hoje (sim, melhor que D&D4).
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Street Fighter - Competidores
Sobre o Autor:
 | O Oráculo é o segundo em comando no Blog do Dragão Banguela e escreve sobre nerdices em geral no Dimensão X. Mago e Técnico em Mecânica nas horas vagas. Faixa preta de Porrada Marcial. |
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